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Defronto-me agora, Senhor, frente a Ti, e nesta caminhada quaresmal pelo deserto Contigo, com a “pedra” da rotina.
Eu sei, Senhor, que para mim fraco e inconstante, a rotina é importante, para que sempre me lembre de estar Contigo, de rezar, celebrar, louvar, adorar e bendizer.
Mas a verdade, Senhor, é que, por vezes, as minhas orações diárias são mais ditas do que rezadas, são mais um hábito do que um amor por Ti, são mais uma, diria, vã repetição do que um estar ligado a Ti em oração.
E quando assim é, Senhor, reconheço que afinal estou apenas a “papaguear” palavras que o meu coração não acompanha.
Quase como um medo de que se o não fizesse, algo de mal poderia acontecer.
E Tu, Senhor, lês sempre os nossos corações, e por isso percebes bem que, nesses momentos, o meu coração está “frio” de Ti, por causa das orações que se tornam apenas rotineiras, ou seja, sem chama, nem sentido.
Reconheço, Senhor, esta minha fraqueza, fruto com certeza de algum comodismo, de alguma preguiça espiritual, não me entregando verdadeiramente ao desejo, à vontade, de estar Contigo em oração em cada momento da vida que me deste.
Perdoa, Senhor, a minha rotina, quando ela não me leva a Ti, e se torna apenas num cumprir de um hábito sem calor, sem amor, sem entrega.
Que o Espírito Santo suscite em mim uma oração sempre nova, uma vontade de rezar sempre contínua, um desejo de estar sempre Contigo, para melhor conhecer a Tua vontade e a ela me entregar.
Tu, Senhor, que «renovas todas as coisas», faz também sempre nova a minha oração.
Garcia, 13 de Março de 2025
Joaquim Mexia Alves
(escritos em adoração)
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