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«Cristo, por ter ressuscitado, abriu uma
brecha no muro do tempo mortal», frase do livro "A fonte da Liturgia» de
Jean Corbon.
Desde que li esta frase, o meu
entendimento sobre a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia, bem como a
sua frase, «E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.» Mt
28, 20, passou a ser bem mais perceptível, não só pela fé, mas também pelo
entendimento.
Com efeito, tendo Jesus Cristo morrido e
ressuscitado, quebrou a cadeia do tempo mortal, do tempo do mundo, e, pela sua
ressurreição, vencendo a morte, tornou-se presente para sempre.
Percebo então melhor a frase dos anjos
para as mulheres na manhã do Domingo da Ressurreição, «Porque buscais o Vivente
entre os mortos?» Lc 24, 5
Deus é dono do tempo e por isso mesmo só
Ele pode romper o tempo e tornar eterno o que se tornou finito.
O homem criado «à imagem e semelhança de
Deus», foi criado para não conhecer a morte, mas pelo pecado ficou sujeito à
lei da morte, por isso o homem passou a “conhecer” o nascer, o viver e o
morrer. Morrer que seria para sempre.
Mas o Pai, que ama o homem que criou com
todo o seu infinito amor, quis libertá-lo do pecado, e, portanto, da morte.
Poderia tê-lo feito como muito bem Lhe
aprouvesse, mas quis tornar-se sinal visível aos olhos e coração do homem, e
por isso, enviou o seu Filho Jesus Cristo, para encarnar numa mulher e em tudo
se tornar igual ao homem, excepto no pecado.
E quis ainda “ir mais longe”, permitindo
a morte do seu Filho, para depois O ressuscitar, para que aqueles que acreditam
percebam que a morte foi vencida, e que o homem não morre mais, mas passa da
morte à vida, para a salvação ou condenação eternas.
Marinha Grande, 12 de Agosto de 2013
Joaquim Mexia Alves
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4 comentários:
Muito bonito este texto, como todos os que são postados neste blog.
Inspirados certamente pelo Espírito Santo.
Muito obrigado pelas suas palavras, Maria S
Assim espero que sejam.
Um abraço amigo em Cristo
Sempre que participamos na Eucaristia, "espreitamos" para fora do tempo e recebemos a luz divina através dessa brecha no muro do tempo.
É verdade Fernando!
Obrigado pela achega.
Um abraço amigo em Cristo
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