.
«Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.»
Jo 1, 8
Ao ler este versículo do Evangelho deste passado Domingo, confrontei-me com o pensamento de que tantas vezes não o tenho presente na minha vida, e em tantos momentos, tocado pelo orgulho e pela vaidade, quase me julgo a “luz”.
Tantas coisas leio, tantas coisas estudo, tantas coisas digo e escrevo, (por vezes apreciadas por outros), que me esqueço da minha inutilidade e me julgo mais do que aquilo que sou, ou sou digno sequer de ser.
E poderia eu alguma vez ser testemunha do amor, se o amor não me tivesse sido dado e escolhido primeiro?
E poderia eu alguma vez falar das coisas de Deus, se não fosse Ele a colocar as palavras em mim?
E poderia eu alguma vez testemunhar as maravilhas que Ele fez e faz na minha vida, se Ele não me concedesse essa graça?
Como tem agora ainda mais sentido a oração que o Espírito Santo colocou um dia no meu coração e eu rezo todos os dias:
«Mãe, ensina-me a ser nada, para que Cristo seja tudo em mim.»
Mas será que esta oração não se tornou rotina em mim, e apenas a rezo sem nela meditar, e sobretudo sem a viver verdadeiramente?
Que neste Tempo do Advento em que o Senhor me quis chamar a atenção para este versículo da Bíblia, eu saiba reduzir-me ao nada que sou, e perceber verdadeiramente que se alguma coisa faço ou testemunho, não sou eu que o consigo por mim próprio, mas sim Ele que está em mim e de mim se serve, e que eu só tenho que Lhe dar graças por isso.
Tudo e sempre para a glória de Deus!
Marinha Grande, 12 de Dezembro de 2011
.
.
8 comentários:
Tal como tu Joaquim, também eu peco muitas vezes ao pensar que aquilo que digo, faço ou escrevo é uma luz quando, por exagero, seremos apenas umas ligeiras fagulhas da Luz imensa que é Deus.
Mais uma vez, penso na humildade que ainda me falta para, ainda que há distância, ver a nossa Mãe, Maria Santíssima.
Este comentário é actualíssimo e tomo-o directamente para mim.
As palavras de S. Josemaria "não sei nada, não valho nada, não posso nada, não sou nada..." levo-as à oração diária na esperança de as gravar bem fundo na minha alma para não me deixar submergir nas ondas de vaidade e ânsia se protagonismo que, pobre de mim, me assaltam com tanta frequência.
Amigo Joaquim
Que o Senhor me ensine a acolher a Sua palavra para que não julgue como meu tudo aquilo que Ele permite que eu seja.
Abraço com amizade na Paz.
Caro Paulo
Somos todos um pouco assim!
Faz parte da nossa natureza humana.
Mas se o reconhecemos, estamos então no bom caminho.
Um abraço amigo em Cristo
Pois é, António,como esses "assaltos" nos são semelhantes!
Um abraço amigo em Cristo
Amiga Concha
Ele sempre adverte aqueles que querem ser advertidos!
Um abraço amigo em Cristo
Joaquim, que o teu 'nada' continue a falar-nos dEle e assim: com a Sua luz ;)
Abraço em Cristo e Maria.
Malu, obrigado.
Que Deus te abençoe.
Um abraço amigo em Cristo
Enviar um comentário