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Jacob Jordaens |
Era meia-noite e a discoteca já tinha bastante gente.
Pelo menos os seus amigos estavam todos lá, conversando e rindo animadamente.
Pediu uma cerveja e aproximou-se deles tentando entrar na conversa, para ver se conseguia animar-se um pouco.
Alguma coisa estranha estava a acontecer naquela noite, que o impedia de estar à vontade, de “sentir” a noite, de se abandonar ao riso e ao divertimento.
Uma das suas amigas puxou-o para dançar e ele lá foi, um pouco a contragosto, pois estranhamente, (ele que tanto gostava de dançar), não lhe apetecia naquele momento.
Ainda tentou, obrigou-se mesmo a abanar o corpo ao som da música, mas não, não era aquilo que ele queria, hoje decididamente não lhe apetecia dançar.
Aproximou-se do balcão, pediu mais uma cerveja e pensou que o que lhe faltava era beber mais uma ou duas cervejas, pois logo aquele desconforto, aquela sensação de incómodo, aquela preocupação que não sabia explicar, havia de passar e seria sem dúvida mais uma noite bem divertida.
Os seus amigos estranhavam-no e perguntavam-lhe insistentemente se havia algum problema com ele, pois parecia não estar ali com eles, mas noutro sítio qualquer.
Já ia na terceira ou quarta cerveja, o seu estado de humor não melhorava nem um pouco, e ele já pensava que não podia beber mais, porque senão, em vez de se divertir, ia apanhar uma bebedeira, que era coisa de que ele francamente não gostava.
Pôs as mãos sobre os ombros dos amigos, disse umas graças, deu umas gargalhadas, mas tudo lhe soou a falso.
Que coisa, caramba, o que é que se passava que o impedia de estar à vontade e de se divertir?
Foi dar uma volta até ao sítio exterior onde os fumadores matavam o vício, mas não havia maneira de se libertar daquela sensação de desconforto, daquele sentimento de que não era ali que devia estar.
Voltou para dentro e forçou-se mais uma vez a ir ter com os amigos, a prestar-lhes atenção, a exigir de si mesmo participar nas conversas.
Mas nada, nem pouco, nem muito, a sua situação, a sua atitude, o seu interesse e divertimento, mudavam para melhor.
Olhou para o relógio.
Parecia estar ali há uma eternidade, e afinal tinham passado apenas quarenta minutos.
Sabendo-se muito perto de onde morava, desistiu de se forçar ao divertimento, disse boa noite aos amigos, e regressou num instante a casa.
Abriu a porta e foi recebido pelos seus pais e irmãos mais novos, que alegremente o abraçavam e acarinhavam.
Olhou para o seu pai, que lhe disse num tom terno:
Fizemos-te falta esta noite, não foi?
Percebeu então a razão do seu mal-estar!
Era noite de Natal e apesar da insistência do seu pai para ele ficar em família, tinha decidido que seria a primeira vez que passaria essa noite fora de casa, a divertir-se com os amigos.
Olhou para dentro de si, e percebeu um sorriso de criança no seu coração.
Intimamente orou dizendo:
Obrigado, meu Deus, porque me fizeste encontrar o sentido desta noite de Natal!
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FELIZ E SANTO NATAL
PARA TODAS E TODOS OS QUE VISITAM ESTE ESPAÇO
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16 comentários:
Familia - O amparo de cada um de nós. Amigos, muitos ou poucos, existem e continuarão a existir, no entanto, a familia, essa será sempre o amparo de todos nós. Ainda que nos digam ou façam coisas que possamos não gostar, são sempre para o nosso melhor. Familia, palavra com sentido cada vez menor nesta sociedade laica e "progressista". Familia, o essencial está dentro dela e não fora. Famlia...um dia estes nossos governantes, irão dar valor a ela, quando já for tarde. Rezo a Deus, para que as crianças de agora, adultos de amanhã, pensem mais na vida humana e esquecam um pouco mais as "economias de mercado". Poderá ser utopico mas é o que penso e peço.
Lindo...
Um SANTO NATAL!
Maria
Olá Joaquim;
Perante este imaginário... tão real em muitas situações... venho aqui para te dizer que é linda esta ideia, para enriquecer o Natal e o espírito que o mesmo pretende transmitir.
E, ao mesmo tempo, para te retribuir, com sinceridade e amizade os teus desejos, que são os meus.
Obrigado Joaquim e que Deus te acompanhe sempre...
Um grande abraço,
JM Ferreira
Este conto vem recordar-me a falta que fazem os nossos pais, enfim, aqueles que já partiram...
Um grande abraço Joaquim, e um santo Natal!
Amigo Joaquim
Este conto de Natal,poderia ter-se passado comigo.Sem dúvida que os amigos são muito importantes na nossa vida,mas a família é o lugar onde nascemos, é ali que estão as nossas raízes,foi ali que aprendemos a ser.Hoje infelizmente assiste-se ao desmoronar da família com todas as implicações que isso traz.Jesus nasceu numa família e nós que acreditamos em Deus temos o dever moral de lutar por aquilo em que acreditamos.
Desejo-te um Natal santo vivido com alegria e paz na companhia da família.
Amigo Joaquim;
Vinha (e venho) apenas desejar-te um Santo Natal e abençoado 2012, quando dei de caras com tão belissimo conto...
Obrigada amigo Joaquim. Agradeço a Deus, o ser humano que és... e peço-LHE que derrame em ti e na tua familia, todas as bençãos que necessitam.
Caro Paulo
Não é utópico é sim uma necessidade!
Um abraço amigo em Cristo
Obrigado Maria!
Para si também.
Um abraço amigo em Cristo
Obrigado José Ferreira.
Que Deus abençoe o teu Natal.
Um abraço amigo em Cristo
Obrigado meu amigo Delfim.
Um abraço amigo em Cristo
Obrigado Concha.
A realidade da família humana de Jesus é a realidade que todos devemos querer alcançar.
Um abraço amigo em Cristo
Obrigado "Filha de Maria"
Que Deus te abençoe e a todos os teus.
Um abraço amigo em Cristo
Amigo Joaquim,
Um excelente conto. Muito obrigada.
Desejo-lhe e a seus familiares um Santo e Alegre Natal.
Um abraço em Cristo.
Ailime
Obrigado Ailime
Que o Senhor vos abençoe neste Natal e sempre.
Um abraço amigo em Cristo
Mais um belíssimo conto de Natal, como não podia deixar de ser. Que neste Natal muitas ovelhitas meio-perdidas como esta, se deixem encontrar pelo Menino Jesus.
Obrigada e um Santo e Feliz Natal para ti também.
Abraço em Cristo e Maria.
Obrigado Malu.
Que Deus te abençoe.
Um abraço amigo em Cristo
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