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A
Quaresma é um caminho ao encontro do Amor!
Quando
amamos, desejamos sempre agradar ao amado, pretendemos sempre conhecer o que o
amado deseja que façamos, ansiamos sempre por fazer a vontade do amado.
Ora
não há amor maior que o amor de Deus, e por isso, não há melhor Amante e Amado
que o próprio Deus!
Porque
Ele nos ama com amor total, de tal modo que se entregou inteiramente por nós,
dando a Sua própria Vida!
E
o Seu amor é de tal forma perfeito, que podendo tudo, não nos concede tudo o
que desejamos, porque sabe que nem tudo o que desejamos é bom para nós,
protegendo-nos assim da nossa, por vezes, errada vontade.
E
a Quaresma é um caminho ao encontro desse Amor de Deus!
Porque
é um caminho ao encontro da vontade de Deus, que vai muito para além do
reconhecimento do nosso pecado e do nosso arrependimento, porque nos chama à
conversão, e a conversão é um “transformar-se” em Cristo, é um “moldar-se” em
Cristo, deixando-nos por Ele ser moldados, para procurarmos ser a Sua imitação
no bem e no amor.
A
conversão deve levar-nos não só a sermos de Cristo, mas a sermos também o
próprio Cristo, (sobretudo para os outros), no sentido em que Ele está em nós,
quando nos deixamos transformar pelo Espírito Santo, querendo tornar verdadeira
em nós a frase de São Paulo: «Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em
mim.» Gl 2, 20
Seremos
então amor, porque nos deixámos moldar pelo Amor!
E
o amor não é triste, nem é uma gargalhada espalhafatosa, mas é uma paz e uma alegria
serena, confiante e esperançosa.
Por
isso se compreende ainda melhor a Palavra de Jesus Cristo:
«E,
quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que
desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam…
Tu,
porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que o teu jejum
não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no
oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.» Mt 6, 5-6
Com
efeito, se amamos a Deus e por Ele nos sabemos amados, se confiamos que o Seu
amor é sempre maior do que o nosso pecado e que o Seu perdão é constante
perante o nosso arrependimento, porquê apresentarmos faces tristes, como se o
pecado nos pesasse mesmo depois de o reconhecermos perante Deus?
Seria
quase duvidar do amor, do perdão de Deus, da Sua infinita misericórdia!
Então,
que nesta Quaresma procurando fazer a vontade de Deus, entregando-nos à
verdadeira conversão, apresentemos um rosto de paz, de alegria serena e intima,
o rosto que só podem apresentar aqueles que acreditam na Fé, que o amor de Deus
por nós é desde sempre e para sempre.
Então
a Quaresma será verdadeiramente um caminho ao encontro do Amor!
Marinha
Grande, 14 de Fevereiro de 2013
Joaquim
Mexia Alves
Nota:
Texto publicado no último número do "Grãos de Areia", Boletim Mensal da Paróquia da Marinha Grande.
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2 comentários:
E como é difícil amar!Porque vivemos centrados no nosso eu.Tudo sempre feito em função de nós, mesmo quando aparenta não ser.Daí o pedir sempre a conversão.Que o Senhor me conceda a capacidade de me abrir à minha própria conversão.Porque acontecendo, também à minha volta ela acontece.
Com gratidão,abraço em Jesus Cristo
Obrigado Concha
Um abraço amigo em Cristo
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