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Acabo
de comungar!
Regressado
ao meu lugar, ajoelho-me, de cabeça levantada, com um sorriso calmo no rosto,
porque o meu Deus é libertador e n’Ele reside toda a minha confiança, toda a
minha esperança.
Sei
que dentro em pouco não vai ser assim, porque vou novamente “mergulhar” no
mundo, e fraco como sou, vou-me deixar envolver nas tristezas, nas provações,
embora Ele continue comigo, dentro de mim, (não por meu mérito, mas pelo seu
infinito amor), assim como no Sacrário, (pobre de mim), como dizia o Beato
Francisco: «O Jesus escondido!», ou serei eu que O escondo, fraca testemunha
que sou.
Mas
nestes momentos, após a comunhão, a paz, a serenidade, a ternura,
verdadeiramente a beleza, tomam conta de mim, e por esses momentos deixo-me
sair de mim e gozo a sua presença real em mim, desejando que todos os outros
sintam, vivam, os momentos que estou a viver.
Sinto
a cara molhada e percebo que há lágrimas que choram dos meus olhos, mas são
lágrimas de uma alegria indizível, de uma paz inebriante, de uma ternura
incontrolável, porque o seu amor por mim, não tem dimensão, é maior do que tudo
o que é maior que a minha humanidade conheça.
Perdoa-me,
Senhor, mas neste momento não consigo pensar sequer nos que estão ao meu lado,
nos que comigo são Igreja, porque, Senhor, talvez seja egoísta, mas quero gozar
este momento em que Te dás inteiramente, e em que por tua graça, eu me abandono
a Ti e em Ti.
Amor,
beleza, paz, ternura, carinho, imensidão, totalidade, são palavras humanas e
não podem descrever este momento divino, porque é um momento teu, que Tu
concedes ao que de Ti se aproximou, pois Lhe foi dado por Ti, reconhecer-Te ao
«partir do Pão».
Calmamente,
mansamente, desço do Tabor, e regresso à minha condição de pecador!
Sou
pecador, mas incomparavelmente maior do que o meu pecado, é o teu amor!
Monte
Real, 4 de Abril de 2013
Joaquim
Mexia Alves
Nota:
Vivido
na Missa desta Quinta Feira Santa, mas só hoje, finalmente, colocado em
escrita.
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4 comentários:
Que excelente artigo este teu, meu amigo Joaquim.
Adorei a tua sensibilidade neste texto soberbo.
Obrigado Paulo.
É Ele que faz estas coisas!
Um abraço amigo em Cristo
Um momento que se percebe, fortíssimo!
O que limita que se vivam mais momentos assim?
Abraço em Cristo,com gratidão pela partilha.
Obrigado Concha!
Um abraço amigo em Cristo
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