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No Domingo dia 7 fui incumbido pela minha Comunidade Luz e Vida, de fazer o ensinamento da “Tarde de Louvor”, que celebramos em Albergaria dos Doze, todos os primeiros Domingos de cada mês.
Porque à última hora não foi possível a quem o ia fazer estar presente, foi-me pedido pouco tempo antes, que me preparasse para falar às irmãs e irmãos presentes, vindos de vários pontos do país.
Coloquei-me nas mãos de Deus e pedi ao Espírito Santo que me iluminasse, pois se não fosse Ele a falar em mim, de nada serviriam as palavras que eu dissesse.
Recentemente o nosso Bispo, D. António Marto, escreveu uma lindíssima e sobretudo profunda Carta Pastoral, que intitulou “Ir ao coração da Igreja”, pelo que fui levado a falar sobre a Igreja.
À medida que ia falando sobre a Igreja, sobretudo no sentido de que todos somos Igreja, e que a Igreja não dever ser entendida de forma redutora como sendo só a hierarquia, e muito menos ainda como se de uma instituição humana pura e simples se tratasse, ia vivendo no meu coração o episódio bíblico da cura do paralítico narrada em Lc 5, 17-26.
Deixei-me levar por essa imagem daqueles quatro homens que levavam o paralítico a Jesus e encontrei aí as similitudes com a Igreja.
No fundo a Igreja é, ou melhor, somos todos nós representados naqueles quatro homens e naquele paralítico, embora não se esgote nesta imagem.
Com efeito, movidos pela fé caminhamos para Jesus e com Jesus, levando connosco aqueles que mais precisam, levando connosco aqueles que precisam ter um encontro pessoal com Cristo, para que nesse encontro a sua vida seja tocada e renovada por Ele.
E nessa caminhada enfrentamos obstáculos, muitos e variados, não só para nos chegarmos a Ele, mas também para levar os outros a Ele.
Mas aqueles homens ensinam-nos, porque não desistiram mesmo perante a multidão “de dificuldades”, e abrindo caminhos novos, subindo ao alto, rompendo as barreiras, (tecto), colocaram aquele por quem pediam frente a Jesus.
E ali ficaram, pedindo com certeza, sem desfalecer, porque Lucas nos diz que Jesus «viu a fé daqueles homens», e perante essa fé, perante essa perseverança, tocou a vida daquele que eles traziam.
Quantas vezes nós pedimos e perante as dificuldades logo desistimos!? Quantas vezes os nossos pedidos, as nossas orações são apenas por nós e pelas nossas necessidades!? Quantas vezes nos entregamos à rotina e não descobrimos caminhos novos para viver a fé todos os dias!? Quantas vezes não nos pomos nós de lado, como se nada fosse connosco, como se não fossemos também nós Igreja!?
É que ser Igreja é isto também: ir ao encontro de Cristo, mas não ir sozinho.
É ir em comunidade e levar connosco aqueles que precisam, aqueles que O não conhecem e precisam de O conhecer para que as suas vidas tenham sentido como as nossas têm, de tal modo que não desistimos de acreditar que Ele tudo pode.
É levar connosco aqueles que não conseguem perdoar, aqueles que julgam não poderem ser perdoados, aqueles que estão oprimidos e injustiçados, aqueles que se sentem escorraçados, desprezados, aqueles que estão doentes e precisam de viver a esperança que dá sentido ao próprio sofrimento.
Claro que há aqueles que criticam, que tentam impedir, que dizem que Jesus Cristo não é o Filho de Deus, que dizem que não vale a pena, que afirmam que a Confissão não existe e que nos devemos confessar directamente a Deus e tantas, tantas coisas que são entraves ao caminho.
Mas a esses, unidos em Igreja, com Jesus Cristo no meio de nós, («onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» Mt 18,20), nós respondemos em e com a Igreja que Deus é perdão e que não há nada que o homem faça que Deus não perdoe perante o seu arrependimento, e que Deus faz muito mais do que isso, porque o Seu perdão é sempre acompanhado da paz que leva muitas vezes à cura, para que os homens tenham «vida e a tenham em abundância.» Jo 10,10
Sim aqueles cinco homens representam muito bem a Igreja e o que Ela faz!
Umas vezes somos os quatro que intercedem, outras vezes somos o paralítico que precisa de ajuda, mas sempre, sempre a Igreja em Nome de Jesus Cristo nos administra o perdão, nos leva ao encontro de Cristo, nos leva ao encontro da vida nova que nos é dada na Mesa da Eucaristia, nos transporta á vivência do Deus vivo que se revela nos Sacramentos.
Então aí, perante a evidência da presença de Deus e das graças que derrama em nós, também nós «ficamos estupefactos e glorificamos a Deus dizendo cheios de temor: Hoje vimos maravilhas!» Lc 5,26
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Porque à última hora não foi possível a quem o ia fazer estar presente, foi-me pedido pouco tempo antes, que me preparasse para falar às irmãs e irmãos presentes, vindos de vários pontos do país.
Coloquei-me nas mãos de Deus e pedi ao Espírito Santo que me iluminasse, pois se não fosse Ele a falar em mim, de nada serviriam as palavras que eu dissesse.
Recentemente o nosso Bispo, D. António Marto, escreveu uma lindíssima e sobretudo profunda Carta Pastoral, que intitulou “Ir ao coração da Igreja”, pelo que fui levado a falar sobre a Igreja.
À medida que ia falando sobre a Igreja, sobretudo no sentido de que todos somos Igreja, e que a Igreja não dever ser entendida de forma redutora como sendo só a hierarquia, e muito menos ainda como se de uma instituição humana pura e simples se tratasse, ia vivendo no meu coração o episódio bíblico da cura do paralítico narrada em Lc 5, 17-26.
Deixei-me levar por essa imagem daqueles quatro homens que levavam o paralítico a Jesus e encontrei aí as similitudes com a Igreja.
No fundo a Igreja é, ou melhor, somos todos nós representados naqueles quatro homens e naquele paralítico, embora não se esgote nesta imagem.
Com efeito, movidos pela fé caminhamos para Jesus e com Jesus, levando connosco aqueles que mais precisam, levando connosco aqueles que precisam ter um encontro pessoal com Cristo, para que nesse encontro a sua vida seja tocada e renovada por Ele.
E nessa caminhada enfrentamos obstáculos, muitos e variados, não só para nos chegarmos a Ele, mas também para levar os outros a Ele.
Mas aqueles homens ensinam-nos, porque não desistiram mesmo perante a multidão “de dificuldades”, e abrindo caminhos novos, subindo ao alto, rompendo as barreiras, (tecto), colocaram aquele por quem pediam frente a Jesus.
E ali ficaram, pedindo com certeza, sem desfalecer, porque Lucas nos diz que Jesus «viu a fé daqueles homens», e perante essa fé, perante essa perseverança, tocou a vida daquele que eles traziam.
Quantas vezes nós pedimos e perante as dificuldades logo desistimos!? Quantas vezes os nossos pedidos, as nossas orações são apenas por nós e pelas nossas necessidades!? Quantas vezes nos entregamos à rotina e não descobrimos caminhos novos para viver a fé todos os dias!? Quantas vezes não nos pomos nós de lado, como se nada fosse connosco, como se não fossemos também nós Igreja!?
É que ser Igreja é isto também: ir ao encontro de Cristo, mas não ir sozinho.
É ir em comunidade e levar connosco aqueles que precisam, aqueles que O não conhecem e precisam de O conhecer para que as suas vidas tenham sentido como as nossas têm, de tal modo que não desistimos de acreditar que Ele tudo pode.
É levar connosco aqueles que não conseguem perdoar, aqueles que julgam não poderem ser perdoados, aqueles que estão oprimidos e injustiçados, aqueles que se sentem escorraçados, desprezados, aqueles que estão doentes e precisam de viver a esperança que dá sentido ao próprio sofrimento.
Claro que há aqueles que criticam, que tentam impedir, que dizem que Jesus Cristo não é o Filho de Deus, que dizem que não vale a pena, que afirmam que a Confissão não existe e que nos devemos confessar directamente a Deus e tantas, tantas coisas que são entraves ao caminho.
Mas a esses, unidos em Igreja, com Jesus Cristo no meio de nós, («onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» Mt 18,20), nós respondemos em e com a Igreja que Deus é perdão e que não há nada que o homem faça que Deus não perdoe perante o seu arrependimento, e que Deus faz muito mais do que isso, porque o Seu perdão é sempre acompanhado da paz que leva muitas vezes à cura, para que os homens tenham «vida e a tenham em abundância.» Jo 10,10
Sim aqueles cinco homens representam muito bem a Igreja e o que Ela faz!
Umas vezes somos os quatro que intercedem, outras vezes somos o paralítico que precisa de ajuda, mas sempre, sempre a Igreja em Nome de Jesus Cristo nos administra o perdão, nos leva ao encontro de Cristo, nos leva ao encontro da vida nova que nos é dada na Mesa da Eucaristia, nos transporta á vivência do Deus vivo que se revela nos Sacramentos.
Então aí, perante a evidência da presença de Deus e das graças que derrama em nós, também nós «ficamos estupefactos e glorificamos a Deus dizendo cheios de temor: Hoje vimos maravilhas!» Lc 5,26
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Não foi só isto com certeza que disse, ou melhor que o Espírito Santo disse pela minha voz, nem a Igreja é só isto, mas estas palavras escritas já nos dão sem dúvida muito caminho para reflectir, muito coisa para corrigir, muita oração para orar, muita vida verdadeira para viver, ao encontro de Deus que é e se faz Igreja connosco.
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16 comentários:
Esmagador, meu caro amigo, simplesmente esmagador!
Olá amigo Joaquim!
A Paz contigo!
Que excelente reflexão.Como o Espírito Santo, quando colocamos de parte o nosso orgulho e abrimos o nosso coração a Ele,se manifesta em nós!
Bem hajas também pela partilha.
Um abraço amigo sempre com aquela Paz que nos faz felizes.
Joaquim
Penso sempre que caminhar só não é fácil e é quase impossivel, mas sendo levada como foi levado o paralitico aí...
Eu umas vezes levada outras vezes levando os outros vou caminhando.
Gostei desta reflexão
Grande abraço em Cristo
Amigo Cabral Mendes, obrigado.
Era bom que eu me lembrasse sempre das palavras que eu mesmo vou dizendo qunado falo em Seu nome e fizesse delas a verdade da minha vida.
Abraço amigo em Cristo
Obrigado amiga Concha.
É verdade quando nos abrimos e entregamos nas Suas mãos Ele serve-se de nós para falar aos outros.
Abraço amigo me Cristo
Amiga de "Mãos Dadas", obrigado.
Realmente sozinhos não caminhamos, apenas andamos, mas não fazemos caminho.
É com os outros levando-nos e nós levando-os que o caminho se faz em Cristo, por Cristo e com Cristo.
Abraço amigo em Cristo
Joaquim
Pelas suas palavras: simplesmente, BEM HAJA!
MJ
ai , meu amigo joaquim , como são verdadeiras as suas palavras , esmagada pela verdade deste texto só tenho uma palavra ,
AMEN .
meu amigo aproveito para fazer uma pergunta , o blog por uma amiga esta fechado ou só reservado para amigos ?
um abraço em cristo
Maravilhosa reflexão!
Meu bom amigo, nem imaginas como me fazia falta ler isto! Relembrar...
Abraço em Cristo e Maria
Obrigado MJ.
Fico feliz se as palavras ajudaram.
Abraço amigo em Cristo
Obrigado Teresa.
Vamos todos uns com os outros tomando consciência do "tamanho" da nossa Igreja.
Abraço amigo em Cristo
Fico contente Canela, fico contente por ter ajudado.
Abraço amigo em Cristo
Por momentos fiquei como que em estado de graça,bebendo da fonte de água viva de Jesus Cristo através das suas palavras. Obrigado Joaquim e agradeço a Deus por lhe dar para que nos possa dar também. Abraço em Cristo.
Correu muito bem estive presente e gostei muito.
um grande bem haja a todos vós
Obrigado Dulce pelas suas palavras, que são sempre incentivo para irmos meditando e escrevendo.
Abraço amigo em Cristo
Obrigado Ana!
É verdade lá nos encontrámos!
Abraço amigo em Cristo
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