Vou lendo pelos diversos espaços que visito alguns textos, e embora compreendendo-os e com eles concordando, deixam-me a pensar na sua total dimensão e alcance.
Com este texto que agora aqui coloco, quero reflectir com todos os que me visitam, no sentido de aprofundar a minha vivência da Fé, e se Deus quiser de todos nós.
Refiro-me ao facto de apontarem a vinda de Jesus Cristo como prioridade aos pobres, subentendendo-se muitas vezes e sobretudo os pobres no aspecto material.
Claro que entendo e concordo com o que querem dizer, afirmar, mas dito às vezes de um modo muito peremptório e definido, e tantas vezes repetido, leva-me a pensar se não estamos a “reduzir” o alcance infinito da vinda de Jesus Cristo, a “reduzir”, ou a dar prioridade à salvação de alguns.
E isso leva-me a pensar na pobreza, sobretudo a pobreza de que fala Jesus, e que me parece vai muito mais longe do que a pobreza dita material, aliás, tão longe que nos abarca a todos forçosamente, porque Ele, (sem dúvida para mim), veio para todos os homens, no sentido de humanidade, claro.
Quem será mais pobre: Aquele que nada tem de material, mas o coração aberto à presença de Deus na sua vida, ou aquele que tendo tudo, e muitas vezes por força disso, tem o coração fechado para Deus, provavelmente na convicção errada de que não precisa dEle?
Todos nós, ou pelo menos alguns de nós, já sentiram isso mesmo, quando falamos com ou para os outros.
Aqueles que menos têm materialmente estão abertos, ávidos, da Palavra de Deus, aqueles que mais têm são por vezes muito mais cépticos, e têm dificuldades em aceitar a mensagem que leva à mudança das suas vidas.
Então quem é mais pobre: O que nada tem mas anseia pela sua salvação, ou aquele que possuindo, nem sequer consegue entender que precisa de salvação?
Tenho assim para mim, que é mais “fácil” ajudar os que nada têm, com a Palavra de Deus e com alguma parte do que necessitam materialmente, do que aqueles que tendo muito, fecham a sua vida à presença de Deus, fecham o seu coração à Palavra que dá vida às suas vidas.
Com isto não estou a afirmar, logicamente, que aqueles que têm posses, estão forçosamente todos ou mesmo a maioria, de coração fechado à Palavra de Deus.
A “verdadeira” pobreza, para mim, está mais no coração do que no corpo, do que na cabeça.
Porque se o corpo sofre, se a cabeça se desanima, o coração muitas vezes abre-se ao amor de Deus que lhe é dado a conhecer e a viver.
Mas se o corpo incha de satisfação e a cabeça não se preocupa, então o coração fecha-se ao amor gratuito e apenas se deixa conduzir pelo que pensa poder comprar.
Falamos e preocupamo-nos muito com os pobres materialmente, e devemos fazê-lo, obviamente.
Mas precisamos também de arranjar maneira de entrar nos corações daqueles que julgam ter tudo e afinal são mais pobres do que os outros.
Porque se a Palavra for semente nos seus corações, para além das suas vidas se abrirem ao amor de Deus, à salvação, também essa mudança de vida levará a que entendam que o que têm, que o que possuem, não é seu por exclusividade, mas sim para que, depois de servirem as necessidades das suas vidas, partilharem também com aqueles que nada têm.
A pobreza tem “cura”, na vida com e para Deus, o coração fechado é condenação à vida sem Deus.
Que o Espírito Santo nos ilumine, para que possamos dar a cada um, pela graça de Deus, aquilo que ele necessita, espiritual e materialmente, porque Jesus Cristo ama a todos e cada um infinitamente, como só Ele sabe amar, e entregou-Se por todos nós e por cada um individualmente.
Com este texto que agora aqui coloco, quero reflectir com todos os que me visitam, no sentido de aprofundar a minha vivência da Fé, e se Deus quiser de todos nós.
Refiro-me ao facto de apontarem a vinda de Jesus Cristo como prioridade aos pobres, subentendendo-se muitas vezes e sobretudo os pobres no aspecto material.
Claro que entendo e concordo com o que querem dizer, afirmar, mas dito às vezes de um modo muito peremptório e definido, e tantas vezes repetido, leva-me a pensar se não estamos a “reduzir” o alcance infinito da vinda de Jesus Cristo, a “reduzir”, ou a dar prioridade à salvação de alguns.
E isso leva-me a pensar na pobreza, sobretudo a pobreza de que fala Jesus, e que me parece vai muito mais longe do que a pobreza dita material, aliás, tão longe que nos abarca a todos forçosamente, porque Ele, (sem dúvida para mim), veio para todos os homens, no sentido de humanidade, claro.
Quem será mais pobre: Aquele que nada tem de material, mas o coração aberto à presença de Deus na sua vida, ou aquele que tendo tudo, e muitas vezes por força disso, tem o coração fechado para Deus, provavelmente na convicção errada de que não precisa dEle?
Todos nós, ou pelo menos alguns de nós, já sentiram isso mesmo, quando falamos com ou para os outros.
Aqueles que menos têm materialmente estão abertos, ávidos, da Palavra de Deus, aqueles que mais têm são por vezes muito mais cépticos, e têm dificuldades em aceitar a mensagem que leva à mudança das suas vidas.
Então quem é mais pobre: O que nada tem mas anseia pela sua salvação, ou aquele que possuindo, nem sequer consegue entender que precisa de salvação?
Tenho assim para mim, que é mais “fácil” ajudar os que nada têm, com a Palavra de Deus e com alguma parte do que necessitam materialmente, do que aqueles que tendo muito, fecham a sua vida à presença de Deus, fecham o seu coração à Palavra que dá vida às suas vidas.
Com isto não estou a afirmar, logicamente, que aqueles que têm posses, estão forçosamente todos ou mesmo a maioria, de coração fechado à Palavra de Deus.
A “verdadeira” pobreza, para mim, está mais no coração do que no corpo, do que na cabeça.
Porque se o corpo sofre, se a cabeça se desanima, o coração muitas vezes abre-se ao amor de Deus que lhe é dado a conhecer e a viver.
Mas se o corpo incha de satisfação e a cabeça não se preocupa, então o coração fecha-se ao amor gratuito e apenas se deixa conduzir pelo que pensa poder comprar.
Falamos e preocupamo-nos muito com os pobres materialmente, e devemos fazê-lo, obviamente.
Mas precisamos também de arranjar maneira de entrar nos corações daqueles que julgam ter tudo e afinal são mais pobres do que os outros.
Porque se a Palavra for semente nos seus corações, para além das suas vidas se abrirem ao amor de Deus, à salvação, também essa mudança de vida levará a que entendam que o que têm, que o que possuem, não é seu por exclusividade, mas sim para que, depois de servirem as necessidades das suas vidas, partilharem também com aqueles que nada têm.
A pobreza tem “cura”, na vida com e para Deus, o coração fechado é condenação à vida sem Deus.
Que o Espírito Santo nos ilumine, para que possamos dar a cada um, pela graça de Deus, aquilo que ele necessita, espiritual e materialmente, porque Jesus Cristo ama a todos e cada um infinitamente, como só Ele sabe amar, e entregou-Se por todos nós e por cada um individualmente.
24 comentários:
Venho ler mais tarde e comentar,ok?
O tempo é sempre escasso...
jinho
Fa-
Fico à espera!!!
Abrajinho em Cristo
Que questão trazes.
Aqueles que mais têm materialmente, sem o saber, sofrem de uma doença difícil de curar se não o quiserem em se abrindo e de facto, à mensagem. Se não abrirem a porta que os deixe ver onde Ele está, onde e por quem lhes fala. É a cegueira dos que não querem ver. Que os leva a ver somente o que lhes convem ou de uma forma distorcida. São pobres e não o sabem. Como dar a quem pensa que nada lhe falta, ou, que Tudo tem? Eis a questão.
Pano para mangas... Abraço.
"arranjar maneira de entrar nos corações daqueles que julgam ter tudo e afinal são mais pobres do que os outros"
Amigo Joaquim, concordo INTEIRAMENTE contigo... aliás, deixa-me colocar aqui parte dos meus rabiscos que leste ainda hoje:
"anawîm sois vós, somos todos os que O buscam, seja qual for o modo,
somos todos os que n’Ele repousam
porque os que já possuem tudo, já não precisam de mais nada.
Os que se enriquecem de vazios estéreis,
não querem precisar d’Ele… e Ele nunca Se impõe,
nunca força a Sua Presença em nós… quer-nos livres, livres
livres para O acolher, livres de escolher não O acolher…"
Já conheci pobres, materialmente, que eram demasiado "ricos" de si, demasiado "cheios" de si... e Deus pouco espaço tinha para aí habitar.
Também já conheci ricos, materialmente, que são tão "pobres", que usam dos seus bens, como se nada possuíssem, porque é-lhes necessário viver assim neste mundo, e porque talvez seja sua missão serem bons administradores dos bens, dando empregos e salários a muitos pais de família... nestes corações, Deus encontra espaços imensos para habitar...
Por isso, a pobreza contra a qual quero lutar, é a da recusa permanente da aceitação de Deus nas nossas vidas... do achar que somos deuses inchados, sem necessidade de Deus...
Por isso, a pobreza que eu desejava ver em cada coração, é a da indigência do Espírito do Senhor, o suplicar sincero de saber ter o coração vazio, se não estiver cheio d'Ele só. E nisto tanto vale ter bens materiais, como não os ter.
(ai...anawim...que o comentário já se alonga e tens que voltar para a tua cela!!!)
mas não resisto a contar um ensinamento dos Padres do Deserto, bem a propósito deste tema:
Certo dia, um monge foi visitar outro que havia chegado há pouco tempo, para habitar naqueles mesmos desertos... ao entrar no ermitério daquele Irmão recém-chegado escandalizou-se com toda a sumptuosidade de móveis, a cama bem alcochoada, tapetes, mesas e vários objectos decorativos... e até um servo, ele tinha, para o servir!!!!
O Irmão recém-chegado, como que a adivinhar os pensamentos do Irmão disse-lhe:
-Admiras-te com tudo aquilo que possuo, esqueces-te que deixei riquezas incontáveis, terras sem fim, palácios riquíssimos cheios de grandes salões, um número incontável de servos...
hoje tenho um pequeno espaço amplo que partilho com o único servo que trouxe comigo e, tudo o resto é, para mim, o maior extremo da minha pobreza.
Mas tu, Irmão, que desde que nasceste nunca nada possuiste de teu, precisaste de te desprender de algo para abraçares a vida do deserto?
O Irmão ajoelhou-se aos seus pés, pedindo-lhe perdão, porque, apesar do que os seus olhos viam, o coração desse Irmão abraçou maior pobreza do que ele próprio.
Abraço-te imensamente também eu, no nosso Deus, que Se fez pobre em Cristo, para estar verdadeiramente com toda a espécie de pobres deste mundo... Ele que comia, à mesa, com humildes pescadores, mas também com ricos e publicanos...
Concordo, em parte, contigo.
Um dia alguém fazia esta afirmação sobre alguém que conhecia e acabar de falecer: era tão pobre, mas tão pobre, que a única coisa que tinha era... dinheiro.
Para sublinhar qe, de facto, há muitas formas de pobreza. Umas não anulam outras, nem nos devem distraír das outras. Jesus pede conversãoo e dignidade para todos. Mas olha com um olhar mais terno pelos pobres, pelos mais necessitados. Inclusão. Jesus desafia-nos a tomar posição sobre todas as pobrezas, sem excepção.
Abraço em Cristo!
que belíssimo canto...
belíssimo
belíssimo
hoje sou eu que te pergunto, amigo joaquim, quem são estes anjos que cantam?
Joaquim!
Para mim, um pobre é aquele que padece de qualquer tipo de carência, quer seja material, espiritual, afectiva...
Hoje existem outros tipos de pobreza que não a material. Concordo com Anawîm quando refere que há pobres materialmente mas "ricos" de si, estes têm o seu coração cheio de orgulho que não permite a entrada de Deus; enquanto que há ricos materialmente mas possuem um coração de pobre, ou seja, conseguem facilmente pôr os seus bens ao serviço dos irmãos.
Quem é aqui o pobre que necessita de auxilio?! Sem dúvida que é aquele que não consegue acolher Deus no outro, quer tenha ou não bens materiais. Mas há muitos tipos de pobreza. Como acima referi, a pobreza é constituida por qualquer tipo de carência. Sendo a maior carência a de Deus.
Quem não tem Deus é o maior pobre.
Quem a Deus tem, nada lhe falta!
É assim, sem grande aprofundamento, o que me ocorre para te responder à questão. Mas acho que dava aqui pano para mangas. Acho que vou pensar bem no assunto!!!
Tudo de bom para ti, amigo.
Fa-
Malu amiga
O problema é saber como levar a mensagem, como proclamar a Palavra junto daqueles que pensam que têm tudo e que compram tudo.
São realmente pobres mais pobres do que os outros.
É muitas vezes quando lhes surgem problemas na vida, como saúde, por exemplo, é que acabam por perceber que afinal o que têm não chega para comprar tudo.
Acredito ainda que é com o testemunho "dos seus iguais", mas que se abriram à presença de Deus nas suas vidas, que encontraram o Deus de amor que os ama infinitamente.
Abraço grande em Cristo
Já tens tudo resolvido?
Querido amigo anawîm
Escutar-te é sempre um ensinamento para mim.
Tinha escrito este texto e perguntava-Lhe em oração se devia colocá-lo ou não.
Quando te li, agradeci-Lhe porque me respondeu servindo-se de ti.
Também tu tocavas na minha reflexão.
Ah sim anawîm, também já conheci pobres materialmente que eram bem mais "orgulhosos" de se quererem bastar a si próprios, que muitos "ricos" materialmente e espiritualmente cuja preocupação era ajudarem os outros.
É forte o ensinamento que nos trazes dos Padres do Deserto que também nos leva a pensar o quanto damos de nós.
O Salmo de Domingo leva-nos também a meditar nesta reflexão:
«Procurai, pobres, o Senhor, e encontrareis a vida»
Passei um pouco por isto, ou seja, já fui rico em coisas e paupérrimo em Deus, sou agora muito mais pobre em coisas mas muito mais rico em Deus, por Sua graça.
Dantes tinha muito mundo e pouca vida, hoje vivo no mundo, mas não para o mundo, e tenho a vida que Ele me dá e que enche os meus dias.
Como tu anawîm amigo tenho de parar por aqui se não fico a escrever a noite toda.
Abraço-te longamente em Cristo Senhor
caro Pedro Josefo
Obrigado pela visita.
«Um dia alguém fazia esta afirmação sobre alguém que conhecia e acabar de falecer: era tão pobre, mas tão pobre, que a única coisa que tinha era... dinheiro.»
Extraordinária esta história e tão verdadeira.
Claro que não podemos atender a uns esquecendo os outros.
Jesus Cristo veio para todos, para os pecadores e nós, ou eu pelo menos sei-o bem, que quando temos "tudo" deste mundo o pecado cola-se a nós!!!
Não a todos claro, graças a Deus!
É que muitas vezes vemos a pobreza nos outros e não vemos a pobreza que está mesmo junto a nós ou em nós.
Sem excepção, como muito bem dizes.
Abraço amigo em Cristo
Amigo anawîm
É o Coro da Diocese de Roma cujo maestro é Mons. Marco Frisina, compositor da maoir parte dos cânticos.
Este cântico faz parte de um CD que é toda uma Missa e se chama "Pane di Vita Nuova".
Se quiseres e eu souber, porque sou um "nabo" nestas coisas da informática, posso enviar-to.
Hoje na Missa fui "surpreendido" pela Parábola do Bom Samaritano que me levou a pensar ainda mais neste texto.
Como é sublime o seu final:
«No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: 'Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.'»
Muitas vezes fazemos o bem apenas para descargo das nossas consciências, ou seja não o levamos até ao fim.
Jesus ensina-nos que o bem a fazer nunca acaba...
Abraço amigo em Cristo
Amiga Fá
Disseste tudo!
Claro que para aqueles que não acreditam ser pobre é não ter bens.
Para nós ser pobre é não ter Fé!
Digo muitas vezes e tento fazê-lo na minha vida:
mesmo aos pobres materiais é preciso dar-lhes muito mais que comer, que vestir, que dormir, é preciso dar-lhes razões para viverem e essas só podem vir do Senhor da Vida, que é preciso dar a conhecer.
Como dizes:
«Quem não tem Deus é o maior pobre.
Quem a Deus tem, nada lhe falta!»
Aqui não há diferença nas "pobrezas", ou seja, quem não tem Deus é tão pobre com bens, como sem bens.
Fico à espera da tua mais reflexão porque lendo-vos, escutando-vos, vou pensando, meditando, aprendendo e sobretudo tentando viver melhor a vontade do Senhor.
Abraço muito amigo em Cristo
Aqui está uma questão muito importante e que se sente quando vamos ter com as pessoas. O missionário encontra mais vezes, na nossa sociedade, falta de carinho, da Luz de Deus Pai, de dignidade, de amor, de perdão do que falta de comida...
beijos em Cristo
É verdade Maria João, por vezes há mais falta de amor do que de pão!!!
Hoje pede-se por tudo e por nada, os que verdadeiramente necessitam e até aqueles que é só para "estragar".
Dá-se por vezes muito, mas não se dá amor...
E o amor só se pode dar se for dado a conhecer o verdadeiro amor, Jesus Cristo.
Abraço amigo em Cristo
Olá amigo!
Cá estou eu outra vez a chatear!
Quem são hoje os pobres de Cristo?!
Então cá vai a minha reflexão!
Consideramos como pobres aqueles que não têm como satisfazer as necessidades básicas, os que se vêem privados de algum tipo de bem essencial. Os que sofrem de solidão, os doentes do corpo ou do espírito, os deprimidos, os que necessitam de falar com alguém. Refugiados, presos…os que vivem à margem da sociedade, que caíram nas malhas da droga, prostituição, álcool…os oprimidos por superiores, por familiares, por vizinhos…Aqueles sobre quem os governos exercem qualquer forma de autoritarismo, quer desviando fundos e recursos naturais para armamentos, viagens estadias e outras coisas supérfluas em vez de os canalizarem à saúde, educação…quer com leis injustas que oprimem o cidadão mais comum “chupando-o até ao tutano” (desculpa, amigo, empolguei-me, sinto-o na pele).
Mas o pobre de Cristo, aquele que mais necessita de auxílio será aquele que não encontra um sentido para a sua vida, que não sabe o que é a felicidade e, por isso, se sente transtornado na vida e até na razão, deixando-se ir abaixo, muitas vezes até bater no fundo, se não tiver alguém que, não só lhe mostre o verdadeiro caminho, mas que o percorra consigo!
(vou colocar um conto no meu blog)
Beijo
Fa-
Ao perguntares como levar a mensagem, penso sobre como me vejo eu, no campo espiritual, onde está a verdadeira riqueza e questiono-me sobre os meus valores porque penso que é na perda ou ganho deles, que começa a pobreza ou a riqueza nas duas vertentes: material e espiritual.
A sociedade tem vindo a perder valores: educação, moral, o respeito pelo próximo, pela vida, etc., etc., perde referências e desorientada, cresce (n)a corrupção, violência, o nº de crimes que já nem nomes têm. É escandalosa a imagem que tenho da sociedade de hoje pelo número de maus exemplos que contamos, vindos ou a partir das esferas mais altas, pela riqueza (material) e o poder que alcança a contrastar com a miséria gritante que se depara aos nossos olhos em cada dia.
continua
/...
Disse “miséria” e não pobreza, porque a riqueza, hoje, é outra, é excessiva e centra-se em determinados pontos intocáveis. Penso que há que se encontrar novas maneiras de passar a mensagem e preocupa-me a pobreza dos que não têm tudo nEle e enquanto não nos desprendermos totalmente do que não nos leva a Deus.
Mas esse é já outro ponto que fica para depois a ver com a riqueza (espiritual) que por vezes
pensamos já ter alcançado. Talvez que tenhamos que usar meios tão mais chocantes como os da ostentação material. Lado a lado, com muito mais coragem e principalmente mais oração.
Abraço.
Na próxima sexta-feira, dia 20, realiza-se uma oração de TaiZé pelo Darfur , às 19h45m, na Igreja de S. Nicolau, na Baixa de Lisboa.
Participa e divulga! Se não puderes estar presente, reza na mesma.
bjs em Cristo
Maria João
Fé e Missão (Missionários Combonianos)
Olá Fa
Em primeiro lugar não chateias nada, és muito bem vinda.
Disseste tudo, pois o pobre mais pobre é realmente aquele que não encontra sentido para a vida e o sentido para a vida é Aquele que dá a vida.
Por isso mesmo a missão que o Senhor deu a cada um de nós que nEle acredita:
«E disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado.» Mc 16, 15-16
Abraço em Cristo
Olá Malu
O mundo perde valores como muito bem dizes, porque se vai afastando de Deus.
Para além de Deus, “ser incómodo”, ou seja se com Ele quero viver, não posso fazer tudo o que me “dá na gana”, não posso comprar tudo e passar por cima de todos, mais ainda, tenho que me preocupar com o meu próximo e assim sendo dividir com ele o que eu acho que me pertence por direito, nós cristãos e católicos não damos muitas vezes testemunho disso mesmo, ou seja, de que aquilo que pertence me foi dado por Deus e é também para “serviço” dos outros, e aqui não me refiro apenas aos bens materiais, mas também e sobretudo aos espirituais, o conhecimento de Deus, a Fé, a oração.
Não transmitimos aos outros a alegria de dar, porque Deus nos deu.
Somos, por vezes muito “pequeninos”, batemos com a mão no peito, rezamos, mas depois vivemos muito mais para o mundo do que para Deus.
E por isso mesmo os bens materiais nos impedem, muitas vezes, de viver a entrega a Deus.
O mundo revela-se na posse dos bens materiais e na procura “desenfreada” dos aumentar para orgulho próprio.
Deus revela-se na vontade de partilhar com os outros o muito ou pouco que Ele nos concede.
Tenho para mim, que muito mais que as palavras, é preciso o testemunho de vida daqueles que acreditam que a vida é um dom de Deus e que tudo o que temos, mesmo por esforço do nosso trabalho é porque Deus no-lo concedeu, nos deu capacidades para isso, e assim não me pertence exclusivamente, mas sim para ajudar os meus irmãos.
Com esse testemunho talvez um dia se possa novamente escrever sobre os cristãos:
«Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos. Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um.
Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação. Act 2, 42-47
Abraço em Cristo
Ai que bonito o teu comentário ao meu, o qual, pelos problemas que tenho tudo em publicar, não seguiu ainda como devia.
Tocas tu nesse ponto tão importante e diz-nos que "passar a mensagem" começará primeiramente por nós, em mudar tanto que temos ainda por mudarmos nesse aspecto. Concordo o mais possível contigo. Não é preciso ir muito mais longe, p. ex., já tenho reparado também, que muita gente e apesar de ser e se sentir cristã, não confia ainda totalmente nEle e valem-se por exemplo de outras práticas, tantas e tão simples como: consulta de horóscopos, amuletos ou qualquer tipo de objectos de "sorte", de outros métodos de meditação - não inspirados nas Escrituras, etc.
Tens razão e é por aí que a Mensagem Terá que começar - em nós.
Abraço
Fiquei a reler este teu último comentário e surgem-me outros ainda, mas para não complicar, acrescento somente uma nota engraçada que ainda ontem na noite de oração, o Padre que a presidiu, frizou para nos chamar a atenção para uma certa avidez que nos nota, em querermos ter tudo, ou sempre mais, sem prestarmos atenção e o tempo merecedido ao que Deus nos vai dando, a cada um e de cada vez, fazendo-nos lembrar que parecemos crianças, caprichosas, que após termos recebido um brinquedo, logo quer e faz birra por outro - traduzi eu assim o que o Padre disse:
/...
"Estamos numa noite de Adoração, durante a qual, o Senhor vos concede tantas graças! E muitas vezes acontece que no final, muitos vêm ainda ter comigo e pedem: 'Padre, dê-me uma benção especial' ".
Por vezes não estamos no 'lugar' onde julgamos estar, ou, a fazer o que julgamos estar a fazer. Não estaremos, de facto, a rezar. Não confiamos que pedindo, recebemos e que é preciso guardar.
Outro abraço e desculpa ter alongado.
Alonga-te, malu, alonga-te…
Realmente a nossa confiança é pouca e muito fraca…
A frase que citas do Padre que presidiu à Adoração é infelizmente muito verdadeira.
Quantas vezes depois de uma Adoração há pessoas que vêm ter connosco e nos pedem para rezarmos por elas.
Estiveram na Adoração, onde Jesus Cristo se fez presente e vêm pedir a uns pobres mortais que rezem por elas…
Ou não estiveram verdadeiramente, ou não acreditam, ou vão mais longe que São Tomé, que não quis tocar, porque logo acreditou…
Tanto caminho para desbravar, tanta coisa para aprender, tanta coisa para ensinar…
Ah, se fossemos como o centurião: «Senhor, eu não sou digno…mas diz uma palavra…»
Outro abraço em Cristo
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