quarta-feira, 29 de novembro de 2006

A ORAÇÃO O JEJUM O REFERENDO

Como todos sabemos foi marcada a data para o referendo ao Aborto, ou, como vi já em algum lado, Interrupção Violenta da Gravidez.

Proponho-me e proponho aos "meus" visitantes, uma oração, um sacrificio, entregando a Deus os corações dos Portugueses, para que Ele os ilumine em relação a este assunto.

O que me comprometo a fazer é simples:

Para além de nas minhas orações diárias e na recitação do Rosário, colocar sempre esta intenção, proponho-me fazer jejum todas as Quintas Feira, desde 1 de Dezembro até 11 de Fevereiro e nesse mesmo dia da semana, (Quintas Feira), ter pelo menos 15 minutos de Adoração, na presença do Santíssimo Sacramento, (se for possivel), ou em frente ao Sacrário, ou em qualquer sitio onde possa "entrar" em adoração.

Se aqui coloco esta decisão é para que outros me acompanhem neste compromisso, deste modo ou de outro que queiram sugerir.

Sabemos que a oração de vários que se unem para pedir, toca o coração de Deus:
«Digo-vos ainda: se dois de entre vós se unirem, na Terra, para pedir qualquer coisa, hão-de obtê-la de meu Pai que está no Céu. Pois, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles.» Mt 18, 19-20

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

A FALTA DE VOCAÇÕES

Recentemente em conversa com um amigo em Fátima, falávamos sobre a falta de vocações para o Sacerdócio.
Ontem numa reunião da Comunidade Luz e Vida, a que pertenço, que foi precedida da Eucaristia Dominical, na Igreja Paroquial de Albergaria dos Doze, presidida pelo Senhor D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, que instituiu o Marcelo, (seminarista pertencente à nossa Comunidade), no Ministério de Acólito, (será ordenado Presbitero, se Deus quiser, no final do próximo ano), falou-se novamente do tema das vocações e assim veio à minha memória essa conversa tida em Fátima.
Dizia-me esse meu amigo, que conversando há uns anos com o Padre Emiliano Tardiff, (já falecido), quando ele esteve em Portugal, sobre o assunto das vocações, ele lhe disse surpreendemente o seguinte:
- Diz o meu amigo que é necessário pedir ao Espírito Santo que desperte mais vocações sacerdotais para a Igreja, mas quem lhe diz que não é vontade do Espírito Santo esta "crise" de vocações.
E depois explicou o seu pensamento:
- Sabe nós os Padres, somos muitas vezes "centralizadores", e não deixamos espaço aos leigos.
Assim se houver falta de Sacerdotes, os leigos terão de ser chamados aos Ministérios que eles podem exercer, e também a uma muito maior participação na Igreja, em tantos campos onde é importante a sua participação, o que só pode ser muito bom para a própria Igreja.
Claro que as palavras não terão sido rigorosamente estas, mas este era o sentido do seu pensamento.
Ao referir esta conversa, a um Sacerdote que estava connosco nessa reunião, ele disse-me o seguinte:
- Sabe, na Polónia estão a atravessar uma "crise" ao contrário, ou seja, há tantos Sacerdotes, Religiosos e Religiosas, que são eles que tudo fazem: dão catequese e "ocupam", digamos assim, os "lugares" onde os leigos podem exercer a sua missão, o que acaba por provocar um certo distanciamento dos leigos em relação à Igreja.
Não serão também estas as palavras exactas, que esse Sacerdote me disse, mas a ideia era esta.

Isto deu-me que pensar, e a ti?

Com isto não quero dizer que vou deixar de rezar pelas vocações, continuarei a fazê-lo com toda a perseverança, mas chama-me também a empenhar-me mais na construção da Igreja, a oferecer-me mais, não só fisicamente, mas também intelectualmente, na evangelização de todos nós, a começar por mim.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

O ESPÍRITO SANTO

É uma luz, uma suavidade, um amor, um toque, uma carícia, um carinho, um calor, uma presença que se desenvolve dentro de nós e nos enche por completo.
Aquilo que era razão de viver e estava no exterior, deixa de o ser, para dar lugar a outra aspiração interior, para dar lugar a outra vivência, mais viva, mais vivida, mais sentida, mais cheia de uma graça que não conseguimos explicar.
O interesse que nos despertavam as coisas do mundo, as riquezas, a importância social, o nosso comportamento pensado e repensado, deixa de ser importante, deixa de ser um fim em vista, para dar lugar a uma procura constante da santidade, do bem estar espiritual, do testemunho dado na vida que continuamos a viver no mundo, para que os outros também possam ver e viver o que nós vivemos.
Como tudo é diferente!!! Como tudo se modifica!!!
Quando vivemos para as riquezas do mundo, queremos ter sempre mais que os outros e a maior parte das vezes desejamos egoisticamente que os outros não tenham aquilo que nós já temos.

Agora começamos a viver para as riquezas de Deus e queremos que os outros tenham tudo o que nós já temos e tenham até mais, para nos poderem guiar e servir de testemunho.
Quando vivemos para conseguir o mundo, nunca temos tempo para nada, nem sequer para todas as coisas do mundo, quanto mais para Deus.
Agora começamos a viver para “alcançar” o Céu e assim temos tempo para Deus, para tudo e até temos tempo para o mundo.
Quando vivemos para nós próprios e por nós próprios, aos “sucessos”, que nos enchem de orgulho, sucedem-se as “derrotas” que nos provocam humilhação, (não humildade), que causam a solidão de quem vive apenas para si, convencido que é capaz de tudo sozinho.
Agora começamos a viver para Deus, para os outros, e assim os “sucessos” não são nossos, mas de Deus e de todos, (o orgulho não tem lugar), e mesmo que as coisas não corram bem, humildemente aceitamos como não sendo bom para nós aquilo que afinal desejávamos e instala-se a paz, a tranquilidade e nunca nos sentimos sozinhos.
Quando vivemos para a nossa vontade e para os nossos planos, e as coisas falham e os planos não resultam, muitas vezes desesperamos, atiramos para cima dos outros os nossos falhanços, sentimo-nos sós e derrotados, não aceitamos e fechamo-nos mais em nós próprios.
Agora que começamos a viver para cumprir a vontade de Deus e os Seus planos, quer na vida espiritual, quer na vida material, sentimo-nos mais acompanhados e quando as coisas falham, ficamos tristes é certo, mas aceitamos como fonte de crescimento a contrariedade, voltamo-nos para nós procurando saber onde nos afastámos da vontade do Senhor, humildemente baixamos a cabeça e com a força que nos vem dEle recomeçamos segundo a Sua vontade.
Quando vivemos baseados naquilo que na nossa cabeça pensamos que é bem e que é mal, o nosso crescimento é desordenado, os recuos são maiores que os avanços, a paz e a serenidade andam longe e praticamos muitas vezes coisas más, porque nos quisemos convencer que eram boas.
Agora que começamos a viver no que é o bem vindo de Deus, afastando o mal que Ele nos faz reconhecer, o nosso caminho é mais seguro, tem também avanços e recuos, mas os avanços são mais constantes, porque é constante a vontade de nos levantarmos depois de cairmos, a paz e a serenidade tomam conta de nós, porque é no coração que o Senhor coloca o conhecimento do bem e do mal. Não é pela nossa cabeça, mas pelo amor que o Senhor coloca no nosso coração, que crescemos para o bem e morremos para o mal.
Antes a vida era difícil, muitas vezes sem esperança e desacompanhada.
Hoje a vida é difícil, mas vivida na esperança e na companhia daquEle que nunca nos abandona: Jesus.
Então assim entregues, Ele vem até nós e: é uma luz, uma suavidade, um amor, um toque, uma caricia, um carinho, um calor, uma presença que se desenvolve dentro de nós e nos enche por completo...




Escrito em 28 de Novembro de 2001

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

EVANGELHO DE HOJE - LUCAS 19, 11-28

Comentário ao Evangelho do dia feito por S. Serafim de Sarov (1759-1833), monge russo
Conversa com Motovilov

"Fazei render a mina durante a minha viagem"

É na aquisição do Espírito Santo que consiste o verdadeiro objectivo da nossa vida cristã; a oração, as vigílias, o jejum, a esmola e as outras acções virtuosas feitas em nome de Cristo não são mais do que meios para o adquirir... Sabeis o que é adquirir dinheiro?
Com o Espírito Santo, é parecido.
Para a gente comum, o objectivo da vida consiste na aquisição de dinheiro, no ganho. Além disso, os nobres desejam adquirir honras, sinais de distinção e outras recompensas concedidas por serviços prestados ao Estado.
A aquisição do Espírito Santo é também um capital, mas um capital eterno, fonte de graças, semelhante aos capitais temporais e que se obtém pelos mesmos processos. Nosso Senhor Jesus Cristo, o homem-Deus, compara a nossa vida a um mercado e a nossa actividade na terra a um comércio.
Ele recomenda a todos: "Façam render até que eu volte" e S. Paulo escreve: "Tirai bom partido do tempo presente porque os nossos dias são incertos" (Ef 5,16).
Por outras palavras: Despachai-vos para obterdes bens celestes negociando mercadorias terrestres. Essas mercadorias não são senão as acções virtuosas praticadas em nome de Cristo e que nos conferem a graça do Espírito Santo.

www.evangelhoquotidiano.org

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

PARA A MINHA MÃE

Se a minha Mãe não tivesse falecido em Fevereiro deste ano, faria hoje 97 anos.


Minha querida Mãe

Fazem hoje 97 anos que o Senhor te colocou no mundo.
Tantos anos se passaram, em que viveste, trabalhaste, aconselhaste, ajudaste e, sobretudo, deste vida a dez filhos.
Sabes Mãe, nunca te tratei por tu, mas hoje nesta carta, quero fazê-lo, porque sabes Mãe, é assim que trato Jesus nas minhas orações, e por isso, ao tratar-te assim, sinto-te mais perto, mais intima, mais amorosa junto de mim.
A nossa relação não foi muito fácil, nem sempre “foram rosas”, mas sabes bem que sempre te amei profundamente, que sempre me orgulhei de ti, da tua força interior, da tua perseverança, da tua entrega à família, do modo como me educaste e a todos nós.
Sei bem, querida Mãe, que também sempre estive no teu coração e agora nestes últimos anos de um modo muito especial.
Foram as tuas orações, Mãe, a tua perseverança, que moveram o meu coração ao encontro do Senhor.
Mais do que a vida humana que me deste, Mãe, a minha gratidão vai para esta vida espiritual, que por força das tuas orações, renasceu no meu coração e em todo o meu ser.
Foi o maior presente, o maior tesouro, a maior prova do teu amor, Mãe, que me deste com a tua oração continua.
Ainda sorrio, Mãe, quando me lembro da tua alegria ao ver-me na Missa, ao leres as coisas que ia escrevendo, ao veres-me procurar cada vez com mais intensidade o amor do “teu” Jesus, do “nosso” Jesus.
Aqueles que lerem esta carta e te tiverem conhecido, sorrirão por a sentirem tão “lamechas”, para uma pessoa como tu, que não mostravas os teus sentimentos profundos com facilidade.
Mas é assim que eu quero que ela seja, “lamechas”, porque agora posso e quero exprimir-me assim.
Nestes últimos anos da tua vida, passaste provações terríveis, e uma parte da culpa pertence-me a mim, que não soube controlar os acontecimentos do mundo no meu trabalho.
Sei querida Mãe, quanto sofreste e, no entanto, nunca te ouvi um queixume, um murmúrio, uma palavra de critica ou de desgosto.
Onde foste tu, Mãe, descobrir essas forças! Sei bem onde e a Quem.
Tudo aceitaste como provações para a purificação da tua vida, e muito entregaste, não tenho dúvidas, pelos teus filhos, netos e bisnetos.
Quando o Senhor te chamou, calmamente, tinhas acabado de rezar o terço. Foi a Sua Mãe Santíssima que Ele te enviou, aquela Mãe de quem tu eras tão devota em Fátima e em toda a tua vida.
E Ela pegou-te ao colo, como uma criança de 96 anos, e levou-te para a eternidade, para a felicidade eterna, junto do Eterno Pai, e para junto do teu marido, meu querido Pai e dos teus dois filhos que te precederam.
“Coitado” de Jesus, estou a ver os quatro de volta dEle, pedindo-Lhe por nós, sem descanso!
Ai Mãe, gosto tanto de te escrever assim, como uma criança!
Esta já vai longa, por isso Mãe despeço-me, pedindo-te que peças por nós todos, (sobretudo pelos doentes, sabes quem são), pelos nossos amigos, pelos nossos inimigos, pelo nosso Portugal, para que a vida continue a ser a prioridade dos Portugueses.
Dá um beijo ao Pai, ao Manuel José e à Belinha e outro muito grande para ti, do teu filho que te ama muito e te pede a benção.

Joaquim

domingo, 19 de novembro de 2006

DIOGO


O meu neto Diogo faz/fez hoje 4 anos!

Dou graças a Deus pela familia que Ele me quis dar e pelos 4 anos do Diogo.

Na fotografia estão: o filho e pai, Luis, os filhos e tios, Pedro e André, o neto Diogo.

Falta a Carlota, que vive na Irlanda, a Leonor, neta também, ocupada neste momento com as suas brincadeiras, que juntas com estes, são meu "Ai, Jesus".

Obrigado Senhor meu Deus, pelo teu amor.

sábado, 18 de novembro de 2006

OBRIGADO SENHOR, PELA IGREJA

Hoje é o dia da Dedicação das Basilicas de São Pedro e de São Paulo, Apóstolos.


Senhor, neste dia, quero dar-Te graças pela Igreja.
Senhor, quero dizer-Te que amo profundamente a Igreja, com todas as suas virtudes e todos os seus defeitos.
Amo, Senhor, o Santo Padre, os Bispos, os Sacerdotes e todos as minhas Irmãs e Irmãos na Fé.
Senhor, elevo a Ti, neste dia, uma oração pela Igreja.
Pelo Santo Padre, pelos Bispos, pelos Sacerdotes, pelas minhas Irmãs e Irmãos na Fé, unidos em Igreja.
Por todos eles, Senhor, e sobretudo por aqueles que contestam, que estão em desacordo, que não vivem em obediência de amor.
Por todos, Senhor, para que a Igreja não seja o que uns e outros possam querer humanamente, para que a Igreja não seja o que eu humanamente quero, para que a Igreja seja apenas a expressão verdadeira da Tua vontade.
Derrama, Senhor, continuamente o Teu Espírito Santo, para que por Ele iluminados, todos vivamos e comunguemos a Tua vontade para a Igreja, que somos todos nós.
Um dia, Senhor, confiaste a Pedro a Igreja.
Que nós saibamos agora, confiar no seu sucessor e em todos aqueles que escolheste para nos ajudarem a caminhar para a morada da vida eterna, ajudando-os com as nossas orações, com os talentos que nos deste, com a nossa livre obediência de amor.
Sem Ti, Senhor, nada faz sentido.
Sem Ti, Senhor, não há Igreja.
Por isso, Senhor, tudo Te confio, na confiança do Teu amor por nós.
Amen

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

ADORAÇÃO EUCARISTICA PERPÉTUA

Esta será, com certeza, uma boa resposta aos postes anteriores!

Retirado da ZENIT


Adoração Eucarística perpétua, base da atividade paroquial
Entrevista a Dom Michele Plácido Giordano ROMA, terça-feira, 13 de novembro de 2006 (ZENIT.org).
- «A primeira coisa que qualquer paróquia deveria fazer é a Adoração Eucarística perpétua», afirma nesta entrevista concedida à agência Zenit Dom Michele Plácido Giordano, arcebispo de Mistretta, animador desde sempre deste tipo de oração.
Em Mistretta, um dos centros históricos mais conservados da Sicília, quase no meio do caminho entre Messina e Palermo, se encontra a Igreja do Santíssimo Salvador, uma das 14 igrejas da Itália nas quais acontece a Adoração Eucarística perpétua.
Em 9 de novembro passado, Bento XVI propôs precisamente à Igreja o redescobrimento desta prática ao encontrar-se com os participantes na assembléia plenária do Comitê Pontifício para os Congressos Eucarísticos Internacionais que preparam o Congresso Eucarístico Internacional em Québec, Canadá, em junho de 2008.
--Por que em sua comunidade, não muito grande mas muito vital, em um certo momento decidiram iniciar a Adoração perpétua?
--Dom Giordano: Porque considero que a primeira coisa que as paróquias devem fazer é ensinar a orar. E, portanto, é uma escolha de fundo, um pilar que sustenta tudo. Feita esta escolha, o caminho está marcado, deve-se oferecer às pessoas o espaço onde encontrar a si mesmas. Estava impressionado quando ia por aí e via cristãos que iam a escolas de meditação budistas. Então, refleti sobre o fato de que nós, os católicos, não fazíamos o suficiente para ensinar as pessoas a orar. Daí, parti para impulsionar a Adoração Eucarística todas as semanas, cada mês prolongada até meia noite, em certas ocasiões todo o dia, até que chegou, como presente de Maria, em seguida depois do Jubileu, a decisão de fazer a Adoração perpétua. Começamos em 13 de dezembro de 2004, justamente no XVII centenário de Santa Lucia. Desde então, iniciou-se a Adoração Eucarística perpétua, noite e dia, que agora caminha sozinha.
--Alguns dizem que é custoso fazer uma hora de Adoração de vez em quando, portanto, nem sequer se pensa na possibilidade da Adoração perpétua.
--Dom Giordano: Também em Mistrettat, no início, havia perplexidade; agora a convicção das pessoas é absoluta, e se vê que é Jesus quem conduz a comunidade. Deve-se ter valor. O importante é começar. Quando se realizam ações em nome e por Jesus, logo é Ele o que as leva adiante. Deve-se ter fé. Os modos nos quais as obras se realizam são os mais misteriosos. Às vezes, eu gostaria de pedir algo mais à comunidade, mas não tenho o valor; logo, sucede que quem vai à Adoração volta com recursos mais abundantes do que eu teria podido imaginar. Houve um momento, por exemplo, que queria fechar a televisão «TeleMistretta» porque não era capaz de garantir o orçamento. Uma paroquiana me disse então que não a fechasse e que confiasse no Senhor. Desde então passaram 16 anos e os meios sempre chegaram.
--Qual é o número mínimo de pessoas para garantir a Adoração perpétua e como ela se desenvolve?
--Dom Giordano: São necessárias pelo menos 24 pessoas por dia para garantir a Adoração perpétua; uma a cada hora, 168 por semana. Obviamente, podem ser as mesmas pessoas que nos cercam. Nós a estruturamos em quatro fases horárias de seis horas; para cada hora, há um capitão de hora, que é o responsável e que encontra soluções quando por motivos diversos falta alguém. Durante o dia, a igreja onde se leva a cabo a Adoração está quase sempre cheia; durante a noite, a Adoração assume uma atração especial, é íntima e belíssima. Vejo muitos jovens que se retiram para falar com Jesus. As igrejas que fazem a adoração eucarística perpétua são 14 na Itália, duas na Sicília. É uma experiência que aconselho a todas as dioceses e a todas as paróquias.
--Quais são os frutos desta intensa atividade de oração?
Dom Giordano: Muitíssimos. Agora publicamos um livro com os testemunhos de um ano de Adoração Eucarística. São muitíssimas as graças. Uma moça havia decidido abortar, rezamos e a convencemos de que não o fizesse. Logo, sua vontade variava, voltamos à igreja para rezar e ao final esta criança nasceu: chama-se Carlo e agora está sustentado junto à mãe pelo «Projeto Gemma». Ao princípio da Adoração, Dom Ignazio Zambito, o bispo de Patti, nos pediu para rezar pelas vocações. Rezamos muito e o seminário da diocese de Patti, que tinha seis seminaristas, este ano tem outros nove candidatos ao sacerdócio.
--Muitos afirmam que não há tempo para fazer Adoração, que na paróquia há muitas coisas que fazer...
--Dom Giordano: Não é que ao fazer Adoração descuidemos das outras atividades. Nós fazemos mais. A Adoração faz germinar muitas e mais proveitosas atividades. Em nossa diocese, por exemplo, junto à Adoração se está lançando novamente o centro juvenil e agora estamos a ponto de relançar a Rádio diocesana. Tudo isto se beneficia muito da Adoração. A Adoração é a raiz de uma planta que, quanto mais oração tem, mais cresce e se desenvolve. Nós devemos permitir que raiz se expanda. Também, para os compromissos eclesiais mais importantes, os de defesa da vida e da família, a oração nos permite encontrar força e inspiração.

ENVERGONHADO

Sim, Senhor, estou envergonhado!
Apetece-me dizer como as crianças:
Mas não fui eu, Senhor,
foram aqueles médicos ingleses,
que pediram para matar os recém nascidos,
por causa de alguma deficiência.
Não fui eu, Senhor,
mas estou envergonhado!
Ia-me deitar, Senhor,
mas não consegui,
sem Te vir aqui dizer, Senhor,
estou envergonhado!
Que posso fazer, Senhor,
se não pedir-Te perdão,
por eles,
e por mim,
porque rezo pouco por eles,
pelos que querem matar os recém nascidos.
Deito-me envergonhado,
mas acreditando na Tua Misericórdia.
Por eles, os inocentes,
por eles, os inconscientes,
(para ser brando, Senhor),
por mim,
pouco orante,
por mim,
pouco perseverante.
Baixo os olhos,
baixo a cabeça,
estou envergonhado, Senhor!
Tem piedade de nós,
que não sabemos o que fazemos.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

ATÉ ONDE VAMOS PERMITIR QUE SE CHEGUE

Retirado da ZENIT

Ginecologistas britânicos pedem direito de poder matar recém-nascidos deficientes
Entrevista ao neonatologista Carlo Bellieni ROMA, segunda-feira, 13 de novembro de 2006 (ZENIT.org).-
Com uma declaração publicada pelo «Sunday Times» em 5 de novembro passado, o Real Colégio de Obstetras e Ginecologistas (RCOG) do Reino Unido anunciou ter solicitado «a possibilidade de matar os neonatos deficientes».
O Colégio enviou o documento de solicitação ao Conselho de Bioética Nuffield, organismo encarregado de examinar os assuntos éticos suscitados pelos novos desenvolvimentos da Biologia e da Medicina. O Conselho de Bioética Niffield é uma influente Comissão privada que está a ponto de publicar um informe sobre as decisões críticas em medicina fetal e neonatal.
No documento citado, o RCOG pede que se abra um debate sobre a eutanásia ativa das crianças deficientes (tirar-lhes a vida após o nascimento), sustentando que deste modo se impediria o peso emotivo e econômico do cuidado de um menino ou uma menina gravemente deficiente.
A associação de ginecologistas britânicos afirma que a permissão para realizar a eutanásia ativa limitaria o recurso ao aborto tardio porque, em caso de hipótese de uma grave deficiência do feto, os pais poderiam levar adiante a gravidez e decidir, só uma vez nascido, se se mantém a vida ou a suprime.
Frente a tal pedido, elevou-se no Reino Unido a voz contrária do Conselho Britânico de Deficientes.
Para compreender o assunto e suas implicações de natureza bioética, Zenit entrevistou o neonatólogo Carlo Valério Bellieni, diretor do Departamento de Terapia Intensiva Neonatal da Policlínica Universitária «Le Scotte» de Siena, Itália.
--O que o senhor acha do pedido do Real Colégio de Obstetras e Ginecologistas do Reino Unido?
--Bellieni: O pedido de suprimir os neonatos com graves deficiências não deixa nenhum pediatra insensível, ou seja, quem amanhã estará chamado a realizar as «eliminações»; mas não é novo: já Michael Gross escrevia em 2002, em «Bioethics» que «há um consenso geral no “neonaticídio”, segundo o parecer do progenitor sobre o interesse do neonato, definido em modo amplo, considerando tanto o dano físico como o dano social, psicológico e financeiro a terceiros». E é sempre do interesse de terceiros que precisamos partir para compreender o que se pode esconder por trás de um pedinte intento de «pôr fim aos sofrimentos da criança».
--Quais são os aspectos mais inquietantes da proposta britânica?
--Bellieni: O que inquieta os pediatras são três coisas.
Em primeiro lugar: ter de se converter em executores de uma condenação à morte: não nos tornamos médicos para isso, sobretudo em uma época na qual a condenação à morte é estigmatizada por um número cada vez maior de Estados.
Em segundo lugar: considerar os próprios pacientes como não-pessoas: há autores que sustentam que os neonatos não são pessoas porque ainda não têm uma autoconsciência (e é uma lógica conseqüência de quem não considera como pessoa o feto ou o embrião pelo mesmo motivo): e disto chegam a dizer que os neonatos nem sequer são capazes de sentir dor, sendo a autoconsciência justamente um requisito para esta sensação. Afirmações desmentidas amplamente pela ciência.
Em terceiro lugar: considerar a deficiência não como uma vida a socorrer e respeitar, mas com uma atitude fóbica, como uma vida de segunda divisão .
--Alguns médicos britânicos mantiveram que não se deve escandalizar, porque o aborto tardio é assimilável à eutanásia ativa. Qual é seu parecer ao respeito?
--Bellieni: Esta notícia não me surpreendeu. Compreendo o horror, mas não compreendo o estupor: quem estudou anatomia e biologia, quem é especialista em fisiologia humana, bem sabe que não existe nenhuma diferença substancial entre feto e neonato, além de pequenas modificações no círculo sanguíneo; portanto, não se compreende por que horroriza matar um neonato e não matar um feto. A menos que não se creia que a entrada de ar nos pulmões tenha um efeito «mágico» capaz de transformar o DNA ou a consciência do indivíduo!
A foto do pequeno feto morto dentro da mãe assassinada, publicada há alguns meses por um jornal italiano, impressionou não porque se fazia ver um cadáver (lamentavelmente vimos também recentemente na TV e nos jornais muitas crianças mortas em guerra) mas porque se fazia ver a realidade: que um feto não é outra coisa senão uma criança que ainda não desfrutou do ar exterior. E isto, cada mãe sabe que é verdade, como o sabe qualquer um que por trabalho cuida dos pequeninos fetos precocemente saídos do útero materno, chamados «crianças prematuras». Sabem-no também os cirurgiões que operam os fetos ainda no útero.
Repito: o drama é que nos surpreenda isso, enquanto é preciso iniciar um trabalho cultural, feito de pesquisa e de divulgação séria, e não só já de «reações» (à última «transgressão», ao último horror).
O verdadeiro esforço bioético de hoje não é o de afirmar um vago sentido de misericórdia para com o próximo (também os programas televisivos estão cheios de lágrimas), mas de buscar a evidência, a realidade; afirmar que um embrião é um embrião e não uma célula qualquer, que um feto de poucos gramas experimenta dor, que o DNA mostra que a vida de cada um começa desde a concepção. Em definitivo, é como demonstrar que uma flor é uma flor, e não um vaso!


Não consigo, não tenho comentários a fazer a este horror.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

PENSAMENTOS INSPIRADOS NA PROCURA DE DEUS 24

"Eu sou a Ressurreição e a Vida".
Senhor, que posso eu querer mais?
Senhor, que posso eu ainda querer procurar mais?
Fica comigo, Senhor!

domingo, 12 de novembro de 2006

COMO TU

Como TU
Santos como TU
Aqui estamos
E queremos
Ser Santos como TU.

Como TU
JESUS como TU
O ESPÍRITO nos manda
Ser Santos como TU.


Refrão de cântico cantado este fim de semana em Fátima na Assembleia da Pneumavita, comunidade do Renovamento Carismático Caólico.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

A VELA

A vela é constituída por um corpo exterior, que é de cera ou de estearina e um corpo interior que é o pavio, e tem pelo menos duas utilidades: Para dar luz e ou para decorar.

Quando a vela serve apenas para decorar, em cima de uma mesa, numa prateleira, é vista uma, duas, três vezes e depois deixa de ser novidade e de chamar a atenção.

Quando assim é, o pavio, ou seja, o corpo interior, para nada serve, pois a sua função é, depois de aceso, dar luz para ou a alguma coisa.

A vela utilizada apenas para decoração vai-se deteriorando com o tempo, o seu corpo exterior, seja ele qual for, vai-se degradando e esfarelando, acabando por não servir para nada e ser deitado fora, juntamente com o pavio.

Ao contrário, a vela que serve para iluminar, utiliza o seu corpo interior, que depois de aceso pelo fogo, ilumina todo o ambiente, a sua chama é bonita de se ver, não só pela cor e reflexos, mas também porque é algo em constante movimento, bem como o seu corpo exterior que se vai derretendo, espalhando calor e ocupando todos os espaços onde se vai derramando.

O pavio vai-se consumindo, dando sempre luz até se extinguir, e a cera, ou estearina, no fim, irá ser aproveitada para novas velas.

Nós somos como as velas!

Se vivemos apenas esta vida humana, sem Deus, e sem nos preocuparmos com os outros, somos velas de decoração, ou seja, por um tempo ainda teremos algum sentido na vida, mas pouco depois a nossa vida não servirá para nada, não terá sentido nenhum, não servirá sequer os propósitos para que foi criada e acabará na morte, sem esperança de vida eterna.

Se em vez disso, deixarmos acender pelo fogo do Espírito Santo o nosso pavio, (o coração), a cera, (a nossa vida), vai-se derramando sobre tudo e todos os que viverem ao nosso lado e irá ocupando os espaços que estiverem vazios, na nossa vida e na vida dos outros.

A chama, (o fogo do Espírito Santo), iluminará a nossa vida e a vida daqueles que se aproximarem, e sempre viva e em movimento chamará a atenção daqueles que a virem.

A cera, (a nossa vida), servirá para novas velas, (renovará novas vidas) e tudo isso por obra daquEle que acendeu a vela, (a nossa vida).


“Senhor, quero ser uma vela acesa por Ti, que se consuma inteiramente no Teu amor e no amor aos outros”.

MENSAGEIRO

Irei estar este fim de semana em Fátima, na Assembleia da Comunidade Pneumavita, primeira comunidade do Renovamento Carismático Católico em Portugal, fundada pelo Padre José da Lapa, que deu a conhecer esta "nova" espiritualidade ao nosso País.

Mas tenho sempre tempo para levar um "recado" à Mãe do Céu, das minhas irmãs e irmãos em Cristo que se "passeiam" por estes espaços "blogueiros".

Fico à vossa disposição.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

OUTRA HISTÓRIA

Quando eu nasci chovia, mas isso não fazia mal nenhum porque o colo da minha mãe era tão quentinho e tão bom, que eu me sentia no paraíso.
Estavam todos á minha volta e olhavam-me com os olhos muito abertos, parece que á procura de semelhanças com a família.
Orgulhosamente a minha mãe fazia questão de me mostrar a toda a gente, dizendo como eu era bonita e perfeita e eu para não a fazer triste, fazia trejeitos com a boca a que eles chamavam sorrisos.
Fomos para casa e o amor rodeava-me, apesar de eu me aperceber que devia haver dificuldades, porque volta e meia sentia a minha mãe um pouco triste.
Ah, mas se eu fazia beicinho, ela ria e brincava comigo, para eu não perceber o que se passava.
Lembras-te mãe, quando eu dei os primeiros passos, quando fiz os primeiros sons, tão contente que tu estavas: telefonas-te a toda a gente, quiseste que todos fossem ver as gracinhas da tua filha.
Fui crescendo e cada vez mais percebi que a minha família não era rica, mas é engraçado que nunca me faltou nada de essencial, a comida, a roupa, (nada de marcas, é certo), os estudos, enfim tudo e sobretudo muito amor.
Lembro-me tão bem quando me apareceu aquele sangue nas pernas e tu mãe, cheia de paciência me explicaste o que era, e que tudo aquilo, para além de outras coisas significava que eu um dia também podia ser mãe como tu.
E o primeiro namorado? Quando ele me deixou, choramos juntas, abraçadas, e tu ias-me dizendo com toda a tua ternura que eu era boa demais para ele, e que ainda havia de encontrar o homem da minha vida.
Ai mãe, estávamos tão perto, éramos tão amigas. Tão bem que nós nos dávamos uma com a outra.
Lembras-te mãe, dos Natais, das festas em família, como combinávamos juntas o que fazer e como fazer.
E quando eu casei, mãe, como estavas contente e feliz, embora nos teus olhos pairasse uma nuvem de tristeza.
Eu ia sair de casa. Mas sabes bem mãe, que sempre estavas no meu coração, como eu sei que estava no teu.
E quando o pai adoeceu, lembras-te? Vim para o pé de ti, e juntas tomámos conta dele até aquele terrível dia em que morreu.
Como tu te abraçaste a mim, como eu me abracei a ti, como juntas suportámos a nossa dor.
E depois, depois a tua alegria, quando nasceu o teu neto, o teu orgulho na tua filha já mãe, os conselhos permanentes, até te aperceberes que eu tinha de fazer as coisas sozinha.
Ficavas ali, embevecida, a olhar para nós dois, muito orgulhosa da tua criação.
Tantas vezes te disse mãe, para fazeres os exames médicos, para ouvires o que te diziam e tu nada, era tudo para nós, para viveres cada dia, cada momento que o teu trabalho deixava, a tua filha e o teu neto.
Por isso mãe, caíste doente e não querias ver ninguém, ninguém, a não ser a mim, como tu dizias: O teu bem mais precioso.
De mãos dadas fomos passando aqueles momentos tão difíceis e abraçada a mim, deste o último suspiro, olhando-me fixamente nos olhos e dizendo-me com o coração: amo-te, minha filha.
Lembras-te, mãe, lembras-te?
Não te podes lembrar, porque quando eu tinha apenas 10 semanas, tu desististe de mim e esta vida que podíamos ter tido, nunca chegou a acontecer, porque tu lhe colocaste fim.
Sei que sofres, que ainda te lembras disso, como uma ferida que não fecha no teu coração, mas mãe eu continuo a amar-te muito e a esperar por ti aqui no Céu, junto a Jesus.
Não percas este caminho mãe, porque aqui tudo é amor e perdão e tudo espera para te acolher e abraçar no amor eterno.


Pois, dirão muitos, mais uma história demagógica, para apelar aos sentimentos, às emoções.
Pois é, direi eu, mas dá que pensar, não dá?