quarta-feira, 28 de maio de 2025

ADORAÇÃO PERPÉTUA

.
.

















Há dias atrás, tive que me deslocar a Lisboa, mais propriamente à igreja de São Jorge de Arroios.

Havia uma celebração da Eucaristia em queria estar presente, para além de outras razões que não cabe aqui explicar.

Quando entrámos na igreja, fomos agradavelmente surpreendidos com a adoração ao Santíssimo Sacramento, num altar lateral.

Ficámos ali algum tempo até à celebração da Eucaristia, e novamente fui surpreendido porque, finda a celebração, imediatamente foi feita a exposição do Santíssimo, dando continuidade à adoração.

Pelo que me disseram esta adoração acontece todos os dias, durante todo o dia, e só não consegui perceber se também o será durante a noite, constituindo assim a prática da Adoração Perpétua.

Ultimamente tenho lido bastante sobre a Adoração Perpétua, (até por causa das duas horas semanais, segunda e quinta feira, que fazemos na nossa paróquia da Marinha Grande), mormente num livro que adquiri à AIS – Ajuda à Igreja que Sofre, cujo título é – A adoração eucarística perpétua porta para o Céu - e que no fundo narra as diversas vivências e, sobretudo, graças que advém da Adoração Perpétua, descritas em cartas escritas por um sacerdote a outro.

Já antes reflectia bastante sobre a Adoração Perpétua, que as queridas Irmãs Clarissas fazem no Mosteiro de Monte Real e em todos os seus Mosteiros.

Escrevi há pouco tempo que estas horas de adoração nos parecem, por vezes, carentes de “resposta”, digamos assim, mas se quisermos reflectir verdadeiramente na grandeza e no infinito amor que Deus tem à Sua criatura, podemos acreditar, (eu acredito firmemente), que inúmeras graças são derramadas por esse mundo fora, tão carente de amor.

Humanamente somos sempre levados a pensar numa qualquer retribuição de tudo o que fazemos bem e, até com algum esforço, mesmo nas coisas de Deus, mas se em relação aos homens muitas vezes essa retribuição não acontece, com Deus acontece sempre, embora a maior parte das vezes não sabendo como e a quem, e ainda bem que assim é, para que não nos orgulhemos daquilo que fazemos em doação de amor.

Recebeste de graça, dai de graça.

Por isso chego sempre à conclusão que Ele me cobriu e cobre de bênçãos e eu, afinal, dou-Lhe tão pouco, (talvez umas horitas do meu tempo), e ainda fico a pensar se Ele me retribui alguma coisa.

Ah, como eu gostaria que fosse verdade em mim a frase de Santa Teresa: Só Deus basta!

Seria tão bom que muitas mais igrejas tivessem Adoração Perpétua!!!






Marinha Grande, 28 de Maio de 2025
Joaquim Mexia Alves


Nota: A fotografia foi tirada na igreja de São Jorge de Arroios

segunda-feira, 26 de maio de 2025

COMPANHIA

.
.











Estes tempos de adoração, Senhor, costumam, em dado momento, suscitar em mim inspirações, (julgo eu), para escrever o que vou sentindo e vivendo.

Hoje nada percebo, nada sinto, mas apenas pensamentos diversos, coisas repetitivas, que não apresentam um texto com princípio meio e fim.

Mas mesmo assim, Senhor, e porque quando escrevo o que sinto e vivo me sinto mais perto de Ti, comecei a escrever o que agora escrevo, a alinhar palavras neste caderno, já gasto e quase no fim.

Estar assim conTigo, são momentos muito íntimos para mim, em que me deixo levar e, para além de orações que são o nosso diálogo, vou escrevendo o que me vem ao coração.

E hoje, Senhor, o que eu sinto, como aliás das outras vezes, é que estás aqui, bem presente, que estás comigo e me chamas a estar conTigo.

Sem fazer orações, nem pedidos, nem súplicas, mas apenas assim, sentados Um ao lado do outro, como amigos, que se compreendem e por isso nada precisam de dizer, para fazerem companhia Um ao outro.

Ah, Senhor, que Tu me conheces e sabes do que necessito, disso não tenho dúvidas, e o estar aqui conTigo desta forma tão simples, enche o meu coração e o meu ser.

Mas eu, Senhor, que Te posso dar que Tu não tenhas?

Que companhia, pobre de mim, Te posso fazer assim calado a Teu lado?

Que mais posso eu dizer ou fazer que seja do Teu agrado?

Docemente, como sempre, dizes-me que o que é do Teu agrado é que eu Te sinta e acredite que estás comigo, que eu me abra inteiramente a Ti e procure apenas e só fazer a Tua vontade.

E então sorris e dizes cheio de amor ao meu coração:
E essa, meu filho, é a melhor companhia que me podes fazer!






Garcia, 19 de Dezembro de 2024
Joaquim Mexia Alves
(escritos em adoração)

sexta-feira, 23 de maio de 2025

O MENINO, MARIA E JOSÉ

.
.











Ali estava o Menino deitado, sorrindo docemente.

Maria olhava para Ele, voltava o olhar para José e regressava sempre àquele doce sorriso, sem conseguir perceber bem tudo o que sentia.

Era o seu Menino, sim era seu, mas também sentia que pertencia para além de si, pois não lhe tinha dito o Anjo que Ele era o Filho de Deus a quem colocaria o nome de Jesus?

Queria perceber no seu coração tudo que iria ser aquele Menino e, se por um lado sentia o coração transbordar de amor, por outro lado sentia um aperto dentro de si, que quase doía.

Ela ainda não sabia de nada, mas o seu coração de Mãe sentia para além daqueles momentos.

Como poderia ela saber que aquele Menino se “perderia” no templo ensinando, haveria de andar pelo deserto sendo tentado, haveria de percorrer caminhos por todo o lado, haveria de chamar homens para O seguirem, e haveria de dar aos homens aquilo que eles nunca sonharam: o amor, a liberdade, a salvação.

Levantou os olhos ao céu e exclamou interiormente: Bendita sou eu, porque pobre como sou, o Senhor me fez rica no Seu amor.

Olhou para José e admirou-se por perceber que aquele homem, forte e protector, quase desaparecia da vista, mergulhado numa humildade total.

O Menino sorria e ela não podia deixar de sorrir também.

No sorriso do seu Menino parecia-lhe ver paralíticos a andar, cegos a ver, homens a perdoar, mortos a ressuscitar.

Parecia-lhe ver uma multidão que O seguia, mais cheios de fome de amor, do que de fome de comer quando Ele os saciava.

Uma névoa percorreu o seu olhar quando percebeu quanto o Menino teria que sofrer, quanto tinha que dar de Si, até morrer, por aqueles que acreditavam e pelos que não queriam crer.

Mas logo o se alegrou o seu olhar, quando soube dentro de si, que aquele Menino iria ressuscitar.

Fechou os olhos, abriu o coração, segurou a mão de José e juntos, em silêncio, cantaram uma canção que apenas dizia: Santo, Santo, Santo!





Monte Real, 23 de Maio de 2025
Joaquim Mexia Alves

segunda-feira, 19 de maio de 2025

LEÃO XIV

.
.



















Eles aí estão os comentadores, os jornalistas, os experts de tudo e mais alguma coisa, os que não acreditam e também os que acreditam, mas numa fé que querem à medida deles.

E todos eles ao olharem para o Papa Leão XIV querem um Francisco dois ou um Bento dois ou um outro qualquer Papa do seu agrado.

E vêem sinais em tudo, desde as palavras, aos gestos, às mais pequenas reações.

Vão ao passado procurar discursos, atitudes, pronunciamentos, para os interpretar segundo a sua conveniência.

Estarão convencidos de que por muito falarem ou escreverem, Leão XIV lhes fará a vontade?

Leão XIV não é um “substituto” seja de que Papa for, e se é um continuador, sê-lo-á apenas de Pedro, ou seja, é um discípulo de Jesus Cristo, que Ele mesmo chamou para governar a Igreja.

Sabemos lá nós o que o Espírito Santo lhe inspira para fazer, o que o faz sentir?

Como sacerdote, como bispo, como cardeal, teve um caminho que é conhecido, mas agora como Papa, não esquecendo, sem dúvida, o que foi toda a sua formação académica e sobretudo vivência espiritual, abre-se um novo horizonte, uma nova e difícil missão, que será de acordo com o que o Espírito Santo e apenas Ele, com o Pai e o Filho, sabem ser necessário para a Igreja neste tempo.

Que desejo maior um verdadeiro cristão católico deveria querer para Leão XIV, que não seja ele ser o «servo dos servos», aquele que, como ele próprio disse citando São Paulo, «deve diminuir para que apenas Cristo apareça», aquele que faz a vontade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Poderei estar enganado, e se assim for reconhecê-lo-ei o mais humildemente que for capaz, mas nas minhas orações diárias por Leão XIV, apenas peço que ele seja dócil ao Espírito Santo, seguindo Jesus Cristo no amor do Pai, para que nos guie em Igreja a sermos testemunhas do Evangelho, a “lavarmos os pés uns aos outros”, para que um dia se possa dizer, mais uma vez, da Igreja que todos somos: “Vede como eles se amam”.

Os homens providenciais em Igreja, do passado ou do presente, só o são na medida em que forem por Cristo, com Cristo e em Cristo.

O resto são “mundanidades”.






Marinha Grande, 19 de Maio de 2025
Joaquim Mexia Alves

sexta-feira, 16 de maio de 2025

SER TESTEMUNHAS

.
.












«E o Verbo fez-se homem e veio habitar entre nós» (Jo 1, 14)

E aqui estás Tu, Senhor, habitando entre nós no Santíssimo Sacramento Eucaristia.

Não quiseste apenas habitar entre nós, quiseste dar-Te como alimento divino a todos aqueles que Te procuram em espírito e verdade.

E a esses, Senhor, Tu chamas a ser testemunhas da Tua presença no meio de nós e em nós, para que todos aqueles que ainda não acreditam possam ver e acreditar.

Por isso, Senhor, Tu nos chamas a diminuirmos, para que Tu cresças em nós.

Só Tu em nós, pelo Espírito Santo, é que nos pode levar a sermos verdadeiras testemunhas do Teu amor, da Tua presença em nós.

Não nos admiramos nós, Senhor, com as maravilhas que fazes naqueles a quem chamamos Santos?
E, no entanto, Tu chamas cada um de nós a sê-lo também.

E tantos há, Senhor, acredito, que nunca serão conhecidos como tal, mas que o são no dia a dia das suas vidas.
Aqueles que amam com amor doação, que não faz excepção.
Aqueles que se dão aos outros e pelos outros, sem esperar qualquer recompensa.
Aqueles que ajudam os que mais necessitam, que levam a vida aonde só parece imperar a morte.
Aqueles que dão a vida em Teu Nome, em tantos lugares deste mundo conturbado.
Aqueles que trabalham honestamente e aqueles dão trabalho honesto e justo àqueles que dele precisam.

Todos esses e tantos mais são também a Tua presença no meio de nós e em nós.

Todos nós que afirmamos crer no Pai, no Filho e no Espírito Santo, deveríamos fazer parte de todos esses que Te testemunham com a sua própria vida.

Porque afinal, só assim seremos a Igreja que Tu queres que os homens sejam.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.





Garcia, 15 de Maio de 2025
Joaquim Mexia Alves
(escritos em adoração)

terça-feira, 13 de maio de 2025

SECURA!

.
.












Que secura é esta, Senhor, parece que Te afastastes de mim, que já não me tocas com o Teu sopro de amor, que já não sinto as Tuas palavras em mim.

Olho-Te no Santíssimo Sacramento da Eucaristia e um cansaço imenso abate-se sobre mim,

Que fiz eu, Senhor, que não me sinto transportado até Ti e por Ti?
Porque Te afastas de mim, Senhor?
Esta secura, esta fome, esta sede que não se sacia, que não sacias agora, o que quer dizer Senhor?
Acaso fiz eu o que não devia ou não me entreguei como deveria entregar?

Tudo me parece frio sem calor, sem chama.

O amor, o Teu amor, parece que não me toca, que não me move, que não me alegra.
A Tua paz, Senhor, essa paz da serenidade, do alento, da bondade, parece não estar em mim.

Não, Senhor, não estou revoltado.
Estou admirado, estou surpreso, estou sem perceber o que fazer e como fazer.

Sim, Senhor, não morreu em mim, apesar deste momento, o desejo profundo de estar Contigo, de me aninhar a Teus pés, de ouvir a Tua voz, mesmo que nada ouça, agora.

Eu acredito, Senhor, que Tu estás aqui, mesmo que os meus olhos Te não vejam, mesmo que, por agora, o meu coração não Te sinta, mesmo que esta secura me seque, me incomode, me esconda a Tua presença.

Eu sei, Senhor, que estás aqui!

Por isso abandono-me assim, sem nada sentir, sabendo que me tomas nos Teus braços e me amas apesar de tudo o que eu não possa ver, nem sentir.

Se me provas, Senhor, então deixa que Te diga que apesar de mim e de tudo o que agora não sinto, eu Te amo com todo o amor de que sou capaz, com toda a força, que afinal me vem de Ti, apesar de mim e do que neste momento sinto e vivo.

Sou Teu, Senhor, mesmo no deserto do meu sentir, do meu ouvir, do meu pobre rezar.

Abraça-me, Senhor, porque eu preciso de Ti.





Garcia, 12 de Maio de 2025
Joaquim Mexia Alves
(escritos em adoração)

sexta-feira, 9 de maio de 2025

O MEU PAPA

.
.













Já decidi que o meu Papa é Leão XIV!
Está decidido e já não mudo de opinião.

E porque é que ele é o meu Papa?
Porque foi escolhido pelo Colégio de Cardeais reunidos no Conclave, em Igreja.

Aliás Leão XIV é o meu Papa porque Pedro é o meu Papa.

Portanto e resumindo só tenho dois Papas: Pedro e Leão XIV.

Claro que no tempo da minha vida houve outros Papas, desde Pio XII até Francisco, mas neste tempo em que vivo tenho apenas estes dois Papas: Pedro e Leão XIV.

Acredito que pela voz dos Cardeais eleitores também Jesus disse a Leão XIV:
«Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.» Mt 16, 18-19

Gostei do sorriso, da emoção sincera, da simplicidade digna, das primeiras palavras, enfim de tudo, mas nada disso o fizeram mais meu Papa do que já era a partir do “Habemus papam” e da frase “qui sibi nomen imposuit Leonem XIV”.

A centralidade das primeiras palavras em Cristo Ressuscitado e na Sua paz para os homens, (que não é a paz dos homens), encheram o meu coração.

Leão XIV conta a partir de hoje com as minhas pobres orações diárias, sobretudo pedindo que o Espírito Santo o ilumine e lhe dê forças para conduzir a Igreja, para nos conduzir em Igreja, à Verdade revelada em Jesus Cristo, no amor do eterno Pai.

“O Espírito Santo, que é o espírito da verdade, porque procede do Pai, Verdade eterna, e do Filho, Verdade substancial, recebe de ambos, juntamente com a essência, toda a verdade que depois comunica à Igreja, assistindo-a para que nunca erre, e fecundando os germes da revelação até que, no momento oportuno, atinjam a maturidade para a saúde dos povos. E como a Igreja, que é o meio de salvação, deve durar até o fim dos tempos, é precisamente o Espírito Santo que nutre e aumenta a sua vida e virtude: «Eu rogarei ao Pai, e ele vos enviará o Espírito da verdade, que permanecerá convosco para sempre»”
Carta Encíclica Divinum Illud Munus de Leão XIII




Marinha Grande, 8 de Maio de 2025
Joaquim Mexia Alves

domingo, 4 de maio de 2025

MÃE!

.
.










Neste Dia da Mãe, (que para mim será sempre dia 8 de dezembro), começo por uma declaração da minha parte: Sou pai!

Ou seja, sou pai, amo os meus filhos, julgo eu, com amor idêntico ao de sua mãe, mas realmente nunca passei pelas dores de os ter, a não ser aquelas que se têm por simpatia e por amor.

Dito isto poderia escrever sobre a minha mãe e não teria nunca palavras suficientes para o fazer.

Escrevo então sobre as mães, todas mães, tendo no meu pensamento aquelas que fazem parte da minha vida.

E sei lá eu bem o que é ser mãe?!

Mas sei, sem dúvida, o que é ser filho, e por isso mesmo posso afirmar, penso eu, que ser mãe é ser vida para os filhos, sendo também vida dos filhos.

Ser mãe, penso eu, é ter uma extensão de si própria, que acaba por não ser extensão, mas sim vida da sua própria vida.

Ser mãe é viver a vida dos filhos vivendo a sua própria vida, e muitas vezes colocando de lado a sua vida, para viver a vida dos filhos.

Ser mãe é sofrer a dor de ter os filhos, para depois de os ter, sofrer as dores que os filhos têm.

Ser mãe é dar a vida a cada passo, pela vida que já deram, no momento em que os filhos nasceram.

Ser mãe é amar com um amor tão grande e absoluto, que só Deus no Seu infinito amor pode conter em Si próprio.

Ser mãe é ser Aquela Maria, que amando o Seu Filho com todo o seu amor de mãe, O deixou entregar-se por todos os outros filhos, que o próprio Filho lhe deu.

Ser mãe é deixar de ser de si própria, para ser a vida dos filhos, que são afinal a sua própria vida.

Por isso, hoje e sempre, obrigado mãe, obrigado mães!





Dia da Mãe
Marinha Grande, 4 de Maio de 2025
Joaquim Mexia Alves

sexta-feira, 2 de maio de 2025

O TUDO

.
.



















Hoje não tenho palavras, Senhor, não sei o que hei de escrever, embora esteja a escrever.

Sinto-Te no meu íntimo, e ao mesmo tempo sinto como que um vazio de Ti, mas eu sei, Senhor, que estás aqui, Tu não ocupas espaço, nem tempo, por isso estás sempre presente em cada momento.

És o Deus do Eu sou, Eu estou!

Não precisamos de procurar longe, porque Tu estás desde logo naqueles que Te procuram em verdade.

Tu não Te fazes encontrado, porque Tu és o próprio encontro!

És o constante, o presente, o fiel, o que abraça, que beija, que ama.

És o amor e a liberdade, a força e a vontade. o caminho e o caminhar, a vida e o viver, a fome e o alimento, a sede e a água viva, o tudo no nosso nada.

E fazes-Te assim presente neste sublime Sacramento da Eucaristia, para que Te possamos ver com os olhos do corpo, e Te se sentir com o pulsar do coração.

Tu és cada batida do nosso coração, cada gota de sangue que nos percorre, és o infinito que nos toca, és a esperança da nossa espera, a confiança da nossa entrega, a fé que nos move em cada dia.

És assim o Tudo e não chegam as palavras, nem há palavra alguma que Te defina, que Te retrate, ou minimamente Te revele.

Só a Tua Palavra, Senhor, animada pelo Espírito Santo, Te revela, porque Tu és o Verbo que veio habitar entre nós, e está no meio de nós e em nós, permanecendo para sempre.

Glória a Ti, Senhor, hoje e para sempre pelos séculos sem fim.




Garcia, 23 de Janeiro de 2025
Joaquim Mexia Alves
(escritos em adoração)