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Desde que, por graça de Deus,
O reencontrei e reencontrei a Igreja, a maior revelação que ocorreu na minha fé
cristã, (se assim posso dizer), foi a percepção, o sentir, o viver, a realidade
da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo.
Quando era “menino e moço”, o
Espírito Santo era o “ilustre desconhecido”, e constato ainda hoje, que apesar
de algumas diferenças ocorridas no e pelo Concílio Vaticano II, o Espírito
Santo continua, na maior parte dos fiéis, a ser um “desconhecido”, tanto
naquilo que Ele é, como naquilo que Ele faz.
E é frequente, (demasiado frequente),
quando falo sobre o Espírito Santo, ou ouço falar sobre o Espírito Santo,
reparar que muitos cristãos que ouvem, ficam admirados, ou no mínimo surpresos,
e chegam mesmo a dizer posteriormente, que nunca tinham ouvido falar assim do
Espírito Santo e sobretudo, da acção do Espírito Santo na vida dos que
acreditam e até mesmo dos que não acreditam.
Permitam-me que afirme mais
uma vez, que o Espírito Santo foi e é a maior revelação do meu reencontro com
Deus e com a Igreja, passados mais de 20 anos de afastamento da fé.
É que a revelação do Espírito
Santo na minha vida, levou-me ao encontro pessoal com Jesus Cristo, um encontro
permanente, não só na Eucaristia, mas realmente em cada momento da minha vida,
levou-me ao conhecimento e ao sentir profundo do amor do Pai, fazendo-me
perceber que o Seu amor e o Seu perdão são sempre maiores que o meu pecado, e,
fez-me até descobrir o amor da Mãe do Céu e a sua intercessão poderosa e
constante junto de Seu Filho.
Por isso, hoje, dia de
Pentecostes, quero fechar-me com Maria e os Apóstolos naquela sala, pedindo
incessantemente o Espírito Santo, na certeza profunda que tenho, pela graça de
Deus, que Ele será derramado em nós e em mim, e abrirá todas as portas e
janelas, derrubará barreiras, incertezas e dúvidas, e levar-nos-á, levar-me-á,
a “sair para fora”, a dar testemunho do infinito amor de Deus, a falar novas
línguas, incompreensíveis para mim, mas que podem tocar os corações dos outros,
a sentir-me “embriagado” pelo poder de Deus, ou melhor, a sentir-me inebriado pela
presença real e viva de Deus no meio de nós e em mim..
Por isso quero clamar sem
cessar: Vem Espírito Santo! Vem Espírito Santo! Vem Espírito Santo!
Marinha Grande, 14 de Maio de
2016
Joaquim Mexia Alves
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