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Como rezar?
Como falar contigo, Senhor?
Como fazer-Te companhia?
Ajoelho-me em frente do
sacrário, ou melhor, em frente de Ti.
Quero passar uns momentos
contigo, falar contigo, estar contigo, fazer-Te companhia, dizer-Te que não me
esqueço de Ti e que estou aqui para Ti, para o que de mim precisares.
Quero estar aqui apenas para
estar contigo, nem Te quero pedir nada neste momento. Aliás Tu sabes tudo o que
preciso!
Sento-me no banco, coloco a
cabeça entre as mãos, e penso comigo próprio: Anda, Joaquim, fala agora com
Ele, diz-Lhe o que te vai no coração, faz-Lhe companhia, que tantas vezes Ele
está aqui sozinho.
E estará mesmo sozinho?
Então e aquelas e aqueles que
vão pensando n’Ele, rezando com Ele e a Ele, durante o dia e em tantos lugares,
não lhe fazem companhia também?
Pois, porque Ele não se “confina”
a este sacrário, “apenas” se faz aqui presença mais visível, mais sensível,
mais tocável, mas no fundo e realmente, está em todos e em todos os lugares,
por isso de alguma forma sempre alguém O acompanha e fala com Ele.
Bem, mas estou a distrair-me
da missão a que me comprometi: Vir aqui, estar com Ele, fazer-Lhe companhia,
enfim, rezar e falar com Ele.
Mas porquê?
Porque Ele precisa da minha
companhia, da minha conversa ou das minhas orações?
Claro que não, que não precisa
para Ele de nada disso.
Apenas precisa na medida em
que me ama com amor infinito e sabe que se eu estiver com Ele, falar com Ele,
rezar com Ele e para Ele, encontrarei a verdadeira vida, encontrarei caminho,
serei mais feliz, e disso Ele precisa muito, porque me ama com amor infinito e
quem ama, quer ver o outro feliz.
E precisa porque todo Ele é
amor, vive para o amor e do amor, vive para dar amor, ensinar amor, até o amor
ser tudo em todos.
Afinal o tempo passa e passou
e nada conversei com Ele, nada rezei, nem Lhe fiz companhia, porque estive
ocupado a pensar em como o fazer, e acabei por nada fazer.
Desculpa, Senhor, amanhã eu
volto, e se Tu me ajudares encontrarei palavras, encontrarei orações,
encontrarei maneira de Te fazer companhia.
Um sussurro chega aos meus
ouvidos: Obrigado, Joaquim! Mais do que a companhia que Me fizeste, aprendeste
de Mim, e essa conversa que julgaste não ter, fui Eu a falar em ti e para ti.
Olho-Te no amor, prostro-me e
digo: Obrigado, Senhor, porque como sempre me surpreendes, me levas a Ti e Te
fazes presença na minha vida! Pobre de mim pecador, que não mereço o teu amor!
Marinha Grande, 29 de Setembro
de 2015
Joaquim Mexia Alves
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2 comentários:
Sim!
Sem dúvida, Fernando.
Um abraço amigo em Cristo
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