segunda-feira, 29 de junho de 2015

DIÁLOGOS COM O MEU EU (19)

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É difícil, não é?
O quê, podes dizer-me?

Testemunhar com a vida, o que dizes com a boca e o que escreves com a mão.
Muito difícil, sobretudo em certas coisas.

Quais, por exemplo?
Quando falamos ou escrevemos do amor ao próximo, às vezes com palavras tão bonitas, mas depois no dia-a-dia esquecemo-nos delas, porque este é “chato”, porque aquele incomoda, porque o outro é isto ou aquilo.

Pois é! E incomoda, não incomoda?
Incomodar, é pouco! Faz-me sentir mentiroso, indigno de falar d’Ele, um “sepulcro caiado”, como Ele falou.

Está bem, mas sabes que és humano, que és fraco e que podes cair muitas vezes, não é verdade?
Sem dúvida, tens razão! O que mais me custa, a maior parte das vezes, é pensar que já me estou a “aperfeiçoar” e reconhecer afinal como sou tão imperfeito.

Pronto, não é preciso obcecares-te com isso! Olha que os outros talvez não reparem nessas imperfeições.
Pois não, mas reparo eu interiormente e isso me basta para perceber como sou fraco e pecador.

Ele ama-te, com todos os teus defeitos.
Eu sei, e o meu problema é muitas vezes esquecer que sem Ele, sem O deixar conduzir a minha vida, tudo o que faço e fizer, não tem sentido, por isso mesmo, tantas vezes o meu testemunho não corresponde ao que digo e ao que escrevo.

É bom reconheceres isso!
Pois é muito bom, porque é fruto do seu amor, que sempre concorre para a nossa santificação. Louvor a Ele e a Ele a glória. Sim, agora e para sempre!


Marinha Grande, 15 de Março de 2014
Joaquim Mexia Alves
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