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Confesso que estou cansado! Mais do que
cansado, estou farto!
Um Cardeal, um Bispo, o próprio Papa não
podem emitir uma opinião, que não venha logo alguém, escalpelizar, interpretar,
retorcer e distorcer a seu belo prazer o que o senhor em questão possa ter
dito.
E depois as “notícias”, (conforme o que
lhes interessa), lá vão rotulando e adjectivando os intervenientes, como
progressistas, conservadores, tradicionalistas, liberais, procurando argumentar
da veracidade da opinião de cada um, com coisas tão “palpáveis” e “verdadeiras”
como: “muito próximo do Papa Francisco”, “colaborador de Bento XVI”, “teólogo
mais importante”, “teólogo mais profundo”, “profundo conhecedor dos
Evangelhos”, etc., etc.
E paulatinamente vai-se instalando a
zizânia, a divisão, vão-se extremando campos, vão-se “comprando” guerras
doutrinais, pastorais, etc., e a oração, (a meu ver), vai ficando cada vez mais
para trás.
E então veio ao meu coração este versículo
do Evangelho de São João: «Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a
dá o mundo, que Eu vo-la dou. Não se perturbe o vosso coração nem se acobarde.»
Jo 14, 27
Não andaremos nós à procura da paz do
mundo?
Ou seja, não andaremos nós à procura de
satisfazer o mundo em detrimento do que Jesus nos ensinou?
Nesse mesmo capítulo também Jesus nos
diz: «Se me tendes amor, cumprireis os meus mandamentos» Jo 14, 15 e ainda «o
Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o
conhece» Jo 14, 17
Mas andaremos nós à procura de cumprir
os mandamentos, ou apenas à procura de fazer as nossas vontades e aquilo que
achamos melhor para o mundo?
Curioso que este capítulo termina da
seguinte forma: «Já não falarei muito convosco, pois está a chegar o dominador
deste mundo; ele nada pode contra mim, mas o mundo tem de saber que Eu amo o
Pai e actuo como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui!» Jo 14, 30-31
Cada vez mais … me interessam menos as
notícias sobre a Igreja, o Sínodo, etc., veiculadas pela comunicação social em
geral.
Cada vez mais … me interessa mais amar e
rezar, rezar e amar, amar rezando e rezar amando!
Marinha Grande, 22 de Outubro de 2014
Joaquim Mexia Alves
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4 comentários:
Bom dia amigo Joaquim Mexia!
Ao lê-lo, fiquei a pensar que nunca foi tão fácil informar e nunca foi tão difícil saber onde se encontra a verdade.Todos querem parecer muito informados ácerca de tudo e nunca fomos tão enganados, porque emitir opiniões é muito fácil e a maior parte das vezes é essa a verdade a que temos acesso, ou seja dependemos sempre daquilo que os meios de comunicação querem que seja a tal verdade.Eu neste momento, procuro ir às fontes, que em Portugal são os bispos através da Voz da Verdade, Ecclesia, Patriarcado e no Vaticano a Zenit.De resto neste momento sem grandes tribulações na minha vida vou navegando em velocidade de cruzeiro deixando-me guiar por aquela voz interior e permitindo que o Senhor me vá indicando caminhos.E sem dúvida vou tendo sinais da Sua presença.
Um abraço amigo na paz de Jesus Cristo
Boa noite
Depois de ler o seu texto sorri e comentei. Engraçado ainda há dias desabafei o mesmo. Cada vez mais me interesso menos pelas noticias sobre a Igreja que nos entram pela casa dentro quase todos os dias. Cada vez se sabe menos quem disse o quê, onde disse e em que contexto o disse. Cada vez mais me esforço em ser coerente, fiel e perseverante na minha vida de todos os dias tendo sempre presente a mensagem de Jesus.
Cumprimentos desde Aveiro.
M. Lurdes
Obrigado Concha.
Não nos deixemos "envenenar" por aqueles que querem subverter tudo o que é dito em e pela Igreja.
Um abraço amigo em Cristo
Obrigado Maria de Lurdes
É isso mesmo!
Vivamos conscientemente a nossa relação pessoal com Deus, testemunhando-a aos outros, e não deixemos que o "barulho" exterior nos afaste do amor de Deus e da Igreja.
Um abraço amigo em Cristo
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