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«criei-vos sem vós, mas não vos salvarei sem vós.» Santa Catarina de Sena
A liberdade com que Deus nos criou, é o nosso bem mais precioso.
Deus não nos quer salvar apesar de nós, mas sim quer salvar-nos connosco.
Em Cristo, Deus já nos salvou, mas é nossa a liberdade de aceitar ou não essa salvação.
Se Deus nos salvasse apesar de nós, significaria que não seríamos livres de escolher o nosso caminho e, se não fossemos livres em Deus, então o Seu amor por nós não era completo e perfeito, porque o verdadeiro amor não aprisiona, mas antes liberta.
Mas sabemos, acreditamos que Deus é amor e assim sendo é o amor perfeito.
É verdade que a misericórdia de Deus é infinita, que o Seu amor e o Seu perdão são sempre infinitamente maiores que o nosso pecado, mas para sermos perdoados temos que usar a nossa liberdade aceitando o nosso erro e abrindo-nos novamente ao amor libertador de Deus.
Atrevo-me a escrever que a nossa liberdade aumenta à medida que a fé em nós se torna cada vez mais a nossa razão de viver.
Claro que a liberdade não se mede, ou se é livre ou não, mas a fé deve iluminar a liberdade, como a liberdade deve iluminar a fé.
Se a fé se faz em vida em nós, então a liberdade em Deus só nos pode levar à verdade de que só somos verdadeiramente livres quando fazemos a vontade de Deus.
Por outro lado, a liberdade de Deus em nós verdadeiramente assumida, fortalece a fé, porque a confiança e a esperança em Deus se tornam vida em nós, e nos levam a acreditar no amor de Deus que nos liberta.
E o amor de Deus liberta-nos porque perceberemos no fim que a vontade de Deus deveria ser sempre a nossa vontade, e essa vontade é a liberdade de nos deixarmos amar por Deus para além de nós próprios.
Só somos verdadeiramente livres mergulhados no amor de Deus.
Marinha Grande, 10 de Outubro de 2025
Joaquim Mexia Alves
1 comentário:
Muito bom! Abraço
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