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Como é difícil, Senhor, entregar-me a Ti, buscando a tua vontade.
No meio de tudo o que quero pensar, dizer e fazer, vêm ao meu coração todos os pensamentos, planos e ideias que vão germinando na minha vida.
E eu queria saber, Senhor, se são do Teu agrado, se são mesmo esses planos que devo seguir ou outros, que não consigo ainda descortinar da Tua vontade para mim.
Era tão mais fácil se houvesse uma voz audível, inconfundível, que me dissesse que é por ali o caminho, que devo fazer isto ou aquilo, ou seja, uma proclamação da Tua vontade.
“Vejo-Te” sorrir e pergunto-Te: Porque sorris, Senhor? Porque sou criança e não sei o que hei de fazer ou perguntar?
Sorris ainda mais e respondes-me: Mas, meu filho, está tudo escrito. Basta leres e seguires o que fiz escrever sobre a Minha vontade para ti e para todos.
Pois, Senhor, respondo eu, realmente é tão fácil dizer da “boca para fora” que devo fazer o que me diz a Tua Palavra, mas a verdade é que muitas vezes não consigo perceber realmente o que queres que eu faça.
Pois, dizes-me Tu, Senhor, era melhor que Eu te escrevesse umas regras, que te dissesse o que podes ou não fazer, ou até mesmo te obrigasse apenas a fazer a minha vontade. Mas assim o Meu amor por ti seria uma “prisão”, e não a liberdade com que te criei e para que te criei.
É verdade, Senhor, mas que queres? Eu sou assim fraco, frágil e preguiçoso, por isso penso que seria melhor se assim fosse.
E se fosse assim, perguntas Tu, farias tudo o que Eu te dissesse?
Pois, Senhor, provavelmente não, talvez me “revoltasse” e fizesse antes a minha vontade.
Vês, meu filho, afinal apenas tens que perceber uma coisa da minha vontade: Que ames como Eu te amo!
Garcia, 3 de Fevereiro de 2025
Joaquim Mexia Alves
(escritos em adoração)