segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

POR AQUELES QUE NÃO GOSTAM DE MIM

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Hoje, Senhor, aqui em adoração, quero pedir por aqueles que não gostam de mim, talvez até digam mal de mim, aqueles que têm alguma coisa contra mim, justificável ou não.

Eu não sei, Senhor, de coração sincero, quem são ou possam ser, mas com certeza que existem e me julgam segundo o que pensam de mim, mas também eu o faço, confesso, tantas vezes em relação a outros.

Por isso quero juntar àqueles por quem agora Te peço, todos aqueles que eu julgo e não devia julgar, todos aqueles de quem Eu não gosto tanto, todos aqueles que por vezes até me causam irritação no meu dia a dia, por vezes até, por causa da política.

Sim, Senhor, eu sei que não sou perfeito, pobre de mim, e ao contrário de Ti, faço muitas vezes acepção de pessoas, considerando uns e desconsiderando outros.

Então também, Senhor, com certeza, haverá aqueles que me julgam pela mesma medida que eu uso para julgar outros, com certeza haverá muitos que não gostam de mim pelas mais diversas razões, pelo meu aspecto, pelas minhas atitudes e modo de viver, se calhar até pelo meu passado, e é por todos estes, Senhor, que agora Te quero pedir.

Não sei das suas necessidades, mas tenho a certeza que posso pedir para eles a Tua bênção, que abençoes as suas vidas e derrames sobre eles as Tuas graças, porque Tu sabes muito bem de tudo o que cada um deles necessita.

Quero pedir tudo isto, Senhor, abrindo meu coração à sinceridade, embora reconheça que a minha sinceridade é muito frágil.

Peço-Te, por isso, Senhor, que não olhes para essa minha insinceridade, e atendas o meu pedido de os abençoar no Teu amor, sobretudo, que Te encontrem e conTigo, por Ti em Ti, vivam o caminho da salvação.

Quanto a mim, Senhor, perdoa-me por ser tão fraco, e por julgar os outros por vezes tão severamente.

O que seria de mim, Senhor, se Tu me julgasses assim!

Entrego-os a todos nas Tuas mãos, e abandono-me à Tua misericórdia.





Garcia, (escritos em adoração)
Joaquim Mexia Alves


quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

PRESENÇA

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Olho-Te na custódia com toda a capacidade que me dás para ver, servindo-me dos meus olhos.

Semicerro-os na esperança de Te ver, de ver ao menos a Tua imagem ali presente.

E nada consigo ver!

Peço-Te, suplico-Te, Senhor, que me deixes ver-Te em todo o Teu esplendor.

Sei que não sou digno, mas ouso pedir-Te, insistentemente, essa graça.

Suavemente, como sempre fazes, vais-me conduzindo e, se não Te vejo, pelo menos sinto-Te, não só perto de mim, mas em mim.

Ouço com o coração o que me dizes sem palavras:

Acerca-Te de mim, meu filho, não com os olhos do teu corpo, mas com o desejo do teu coração.

Repara que é lá, no teu íntimo, que Eu estou sempre à tua espera.

Não procures com as coisas do mundo a Minha presença, mas procura no mundo a Minha presença em tudo aquilo que o Meu amor te dá.

Deixa-te conduzir, deixa-te envolver, fecha os teus olhos e abre o teu coração.

Assim podes ver-Me, mesmo sem Me veres, porque Eu sou o amor que coloco em ti e em todos, para que se amem uns aos outros como Eu vos amo.


Respondo-Te com as palavras do meu coração:
Obrigado, Senhor! Agora vejo-Te em amor, no amor e por amor.







Garcia, (escritos em adoração)
Joaquim Mexia Alves

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

MÚSICA CELESTE

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Há uma música suave que vem ao meu coração neste momento de adoração, Senhor.

É uma música sem som, sem notas musicais, uma música que se vai formando e tomando conta de mim.

É a música do Teu amor, Senhor!

E não há, nem pode haver, música mais bela que possamos ouvir, (aliás, só se ouve com os ouvidos do coração), que possamos sentir, que a melodia do Teu amor.

Não são anjos a cantar, porque os anjos não conseguem cantar a melodia do Teu amor em toda a sua beleza.

Não é a natureza bela que criaste, Senhor, porque a natureza tem limites e a música do Teu amor é infinita e eterna.

Não é a humanidade que a canta ou interpreta, porque a melodia do Teu amor vai muito para além da humanidade, vai para além de tudo o que possamos fazer ou sentir.

Esta música suave e inexcedivelmente bela do Teu amor, é a Tua presença na Eucaristia, fonte de vida e de alegria.




Garcia, (escritos em adoração)
Joaquim Mexia Alves

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

APRESENTAÇÃO DO MEU LIVRO “ORANDO EM VERSO III

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Na sexta feira, dia 24, às 21.30, no salão 1 da nossa igreja da Marinha Grande, terá lugar a apresentação do meu terceiro livro “Orando em Verso III”.

A apresentação será feita pelo meu amigo Padre Armindo Castelão Ferreira, que aceitou o nosso convite para viver connosco esta minha alegria.

Tenho de agradecer muito ao Padre Patrício Oliveira, meu amigo e meu pároco, todo o trabalho que teve na concepção, paginação, etc., deste livro, bem como a óptima fotografia do autor colocada na badana do livro e que também está impressa neste convite.

Muito obrigado pelo fantástico trabalho.

Tenho também de agradecer muito à minha amiga Daniela Sousa a excelente fotografia da capa do livro, que engrandece o livro, sem a mínima dúvida.
A fotografia é do grande crucifixo que faz parte do espólio artístico da Paróquia da Marinha Grande.

Claro que o meu maior agradecimento vai para Deus, o Pai, o Filho, o Espírito Santo, que, no Seu infinito amor, conseguiram moldar a “pedra dura” que eu era, (e ainda sou um pouco), e levar-me a escrever coisas que eu próprio não consigo, por vezes, abarcar.

À minha Mãe do Céu, dizer obrigado por tantas vezes me dar a mão quando me perco no caminho.

Todos estão convidados a juntarem-se a nós nesta noite de grande alegria para mim.

A receita da venda deste livro reverte inteiramente para a Paróquia da Marinha Grande, particularmente para o fundo para a construção do Centro Pastoral, que tanto desejamos e necessitamos na nossa paróquia.

Quem não quiser ou puder estar presente, mas quiser adquirir o livro, pode fazê-lo enviando um email para – orandoemverso@gmail.com – expressando essa intenção e na resposta será indicado o modo como poderá adquiri-lo.





Marinha Grande, 15 de Janeiro de 2025
Joaquim Mexia Alves

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

PORQUE TE AMO

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E depois vêm aqueles momentos em que quero sentir-Te, quero viver-Te, quero sentir a Tua presença e … nada acontece.

Quero adorar, quero rezar, quero louvar, quero agradecer e até pedir, quero escrever e … nada acontece.

Porquê, Senhor, porque Te escondes assim de vez em quando, mesmo acreditando firmemente na Tua presença na Eucaristia?

Porque não sinto aquele calor, aquela quase exaltação, aquele quase frenesim, que me leva a alinhar palavras numa folha de papel, para dizer o mais óbvio, que Tu és amor, que Tu és tudo, que Tu és a vida e a esperança já cumprida.

Fazes-Te assim distraído, sabendo eu que estás sempre atento.

Fazes-Te assim indiferente, quando eu sei que Te preocupas constantemente.

Afinal que quero eu?

Sentir-Te, viver-Te?

Mas se eu acredito que Tu estás sempre, então porque quero eu precisar de Te sentir, de Te ouvir, se acredito que Tu estás e vives em mim sempre que me abro a Ti?

Mesmo na secura mais fria e escura, eu acredito que Tu estás sempre ali à minha espera, mais do que à minha espera, a dar-me a mão e a dizeres-me nesse Teu jeito de amor: Amas-me, Joaquim?

E eu vou dizendo que sim, que Te amo sempre, sem fim.

E Tu vais perguntado muito mais do três vezes, porque eu Te neguei e nego muito mais do que Pedro, pobre de mim.

Mas vou sempre repetindo, timidamente, como com medo de estar a mentir: Sim, Senhor, eu amo-Te.

E Tu olhas para mim, entras no meu olhar ainda cego, vais até ao meu coração, e é então que eu exclamo com surpresa e adoração: Ah, Senhor, afinal estavas aí, bem dentro de mim!

Tu sorris, fixas o Teu olhar no meu, e dizes-me cheio de amor: Porque te amo, Joaquim, porque te amo!

Obrigado, Senhor!






Garcia,
Joaquim Mexia Alves
(escritos em adoração)

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

EM TI NADA ESQUEÇO

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De repente percebi que me faltavam o pequeno caderno e a caneta com que escrevo o que vou sentindo, o que vou vivendo nestes momentos de adoração.

Olhaste para mim, Senhor, sorriste e disseste-me: Escreve na tua mente, guarda no teu coração, depois te recordarás deste momento e assim poderás vivê-lo novamente.

Assim fiz, Senhor, e hoje deixo que venha à minha memória, ou melhor, ao meu coração, o que senti e vivi.

Foi, como sempre é, um momento de entrega, de, levado por Ti, entrar dentro de mim e conhecer-me, ou melhor, reconhecer-me no que Tu mesmo me mostras do meu ser.

Fizeste-me perceber tantas coisas boas que em mim colocas, e assim me conduziste também a entender as fraquezas que eu vou deixando acontecer na minha vida.

Não me acusaste de nada, porque Tu não és acusador, mas antes me abraçaste e, perante o meu reconhecimento do pecador que sou, percebendo o meu arrependimento, perdoaste-me e fizeste-me sentir o Teu amor.

Depois foi como se me dissesses que ficaríamos ali os dois, fazendo companhia Um ao outro, embora, Senhor, eu seja fraca companhia, porque me disperso, me deixo envolver em pensamentos que nada têm a ver com o momento.

Mas Tu, nesse Teu infinito amor que tens por mim e por cada um, recebes no Teu Coração cada breve momento em que estou verdadeiramente conTigo, como se de um tesouro se tratasse.

Percebo agora melhor a “ovelha perdida”, porque para Ti qualquer “ovelha encontrada”, qualquer momento de amor que Te é dado em verdade, é uma festa da qual só Tu conheces a real e infinita alegria, porque Tu sendo Deus, tudo vives na infinitude de tudo o que é bom.

Afinal, o “caderno” da minha mente e a “caneta” do meu coração, acabaram por reviver um pouco do que vivi conTigo naquele breve momento.

Obrigado, Jesus, meu Senhor e meu Deus.







Marinha Grande, 11 de Dezembro de 2024
Joaquim Mexia Alves
(escritos em adoração)