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Neste
Domingo dia 20, na Paróquia da Marinha Grande, foi confirmada na Eucaristia das
19.00, pelo Ritual próprio, a minha nomeação como Ministro Extraordinário da
Comunhão.
E
o que senti eu nesses momentos?
Não
sei muito bem como definir o que senti e como senti, essa graça a que o Senhor
me chamou.
Confesso
que tive muitas dúvidas sobre a “minha” Fé que afirmo professar, sobre a
constância da minha entrega, sobre a minha conversão contínua, sobre tudo
aquilo que sou e sinto, enfim, resumindo, sobre a minha falta de dignidade para
assumir tal serviço em Igreja.
Obviamente
que dignidade nunca a terei, (sou pecador), por isso só Ele ma pode conceder
nos momentos em que se quiser servir de mim.
Mas
existiam também em mim as dúvidas, os “medos”, de aceitar tal nomeação,
conhecendo eu o meu orgulho, a minha, por vezes, ânsia de protagonismo.
Mas
na Confissão e conversa tida com o meu Pároco, pouco antes da Eucaristia, de uma
“penada”, ele afastou de mim tais dúvidas e receios.
Perguntou-me
se eu me tinha proposto, se eu tinha querido, se eu tinha feito algo para ser
nomeado, e perante a minha resposta negativa, apenas me disse qualquer coisa
como: «aceita porque a vontade não é tua.»
O
que senti então naqueles momentos em que pela primeira vez foi colocada nas
minhas a píxide contendo as hóstias consagradas, contendo realmente o Corpo e
Sangue de Jesus Cristo?
Senti-me
um nada útil, ou usando as palavras do próprio Cristo, um servo inútil!
Por
uma imensa graça, (como é que Ele faz estas coisas?), pela primeira vez na
minha vida senti-me o mais pequeno entre todos, e juro que se pudessem ver o
meu coração, acredito que veriam o amor a verter-se sobre todos, não o meu
pobre amor, mas o amor que Ele, o Senhor do Amor, colocava em mim.
As
minhas mãos, tantas vezes trémulas, estavam firmes apesar do tremor, e
parecia-me ouvir em cada momento a minha voz forte, mas sobretudo convicta, a
afirmar: «O Corpo de Cristo!»
Não
era eu que ali estava, mas o Joaquim que só Ele conhece e ao qual nem eu tenho
acesso quando quero, mas apenas quando Ele quer.
No
fim vieram dar-me os parabéns algumas pessoas amigas e outra vez me admirei.
Eu
tão orgulhoso, eu que me julgo tantas vezes mais do que os outros, eu que me
acho em tantos momentos mais importante do que os outros, senti-me uma criança “apanhada”
num acto de ternura e ia jurar que até corei.
Que
caminho, meu Deus, que caminho me fazes percorrer!
Desde
o afastamento total de Ti e da Igreja, até à dependência total e voluntária de
Ti, em Igreja!
“Apenas”
Te posso dizer, com o coração repleto de amor: Glória a Ti, Senhor, glória a
Ti!
Marinha
Grande, 22 de Outubro de 2013
Joaquim
Mexia Alves
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10 comentários:
Os Caminhos de Deus são, quase sempre, incompreensíveis ou, de alguma forma, causam perplexidade.
Ah! Mas isto só acontece quando nos esquecemos que, Ele, disse: «Não vim chamar os justos, mas os pecadores»!
Eu, que sou um desgraçado, atrevo-me a dizer: "Ainda bem que sou pecador...".
Anseio pelo momento de receber esse Jesus que nos chama, das tuas mãos!
Fico imensamente contente por ti e pela tua comunidade paroquial. Sei que és autentico... e é isso que deves ser sempre. Por isso neste novo ministério, se fores autêntico, Deus há-de operar o que tiver de operar em ti.
abração e parabéns por teres aceitado este convite de Deus!
Jorge Castela
Olá Joaquim:
Nem sempre comento. Mas sempre gosto de ler... e meditar.
«Como são insondáveis os desígnios de Deus».
Eu já li isto algures.
Um abraço,
JM Ferreira
Que maravilha!Lembrei-me de "a quem muito foi dado, muito será pedido".Desejo a continuação desta caminhada, feita sem dúvida com muitas dificuldades,mas com a presença do Senhor que ajuda a suportar.
Um bem haja grande,pela partilha sempre tão sincera, diria mesmo que de coração escancarado.
Um abraço na Paz
Olá Joaquim sinto-me muito emocionada pois acabei de ler um testemunho, mais um testemunho da sua Fé, do seu Amor a Deus. Na verdade é Deus que capacita os escolhidos. E o Joaquim é uma dessas pessoas, que são para todos nós um enorme exemplo! Desejo-lhe muitas felicidades nesse novo ministério.
Abraço na Paz de Cristo. Ailime
Obrigado António.
Rezao por mim.
Um abraço amigo em Cristo
Meu amigo Pe Jorge Castela
Muito obrigado pelas tuas palavras.
Vindas de ti significam muito para mim.
Um abraço amigo em Cristo
É verdade amigo José M. Ferreira.
Caminhos extraordinários!
Um abraço amigo em Cristo
Obrigado Concha.
Obrigado pela sua presença e pelas suas palavras que sempre me incentivam.
Um abraço amigo em Cristo
Obrigado Ailime pela sua amizade e pelas suas palavras.
Se alguma coisa faço, não sou eu, mas é Ele que faz em mim.
Um abraço amigo em Cristo
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