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Fico-me assim, espantado, olhando para aquele “pedaço de Pão”, imaculado, o coração aberto, mais do que a boca escancarada.
És Tu que ali estás Senhor, mas não Te vejo com os olhos do corpo, (impedidos de Te verem), mas com o amor do coração, (que Tu lá colocaste, Senhor).
Quero ver-Te, Senhor, quero acreditar-Te, Senhor, quero adorar-Te, Senhor, mas pobre humanidade minha que me quer negar o que o espírito me diz: Tu estás ali, Senhor, vivo e presente, todo entregue, todo amor!
Deixo-me seduzir por Ti, abrem-se os meus olhos á «fracção do Pão», e o espírito vai-se fazendo, (por Tua graça), um com o corpo, e assim já é toda a minha humanidade que Te vê, que Te acredita, que Te adora.
Digo baixinho, para dentro de mim, «eu não sou digno», mas Tu respondes-me firme no amor, «és digno sim, porque sou Eu quem te dá a dignidade»!
Como posso eu, Senhor, não aceitar essa dignidade que Tu me dás para Te poder receber e seres o meu alimento de vida?
Retorno á minha frase inicial, Senhor, para perceber que para Te receber é muito mais preciso o coração aberto do que a boca escancarada!
E Tu vais guiando e dizendo ao meu pobre coração admirado: «Abre-te coração, mas para Te abrires a Mim, tens de te abrir a todos».
Que Mistério, que loucura, Aquele que é Deus, faz-se «pedaço de Pão», entrega-se como alimento e vai dizendo a cada um: «Não Me podes receber, se não receberes os outros!»
Assim tão simples, tão humilde, a colocares-Te tão igual a cada um, a fazeres-Te tão presença em cada um, porque «queres ser Um em todos, para que todos sejam um em Ti».
Queres assim, Senhor, que cada um seja sacramento para os outros, porque o Sacramento é a Tua presença viva no meio de nós.
Fico-me assim, Senhor, exaltado em adoração, perante o Teu Mistério e peço-Te humildemente: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Lc 24, 29
Marinha Grande, 3 de Junho de 2010
És Tu que ali estás Senhor, mas não Te vejo com os olhos do corpo, (impedidos de Te verem), mas com o amor do coração, (que Tu lá colocaste, Senhor).
Quero ver-Te, Senhor, quero acreditar-Te, Senhor, quero adorar-Te, Senhor, mas pobre humanidade minha que me quer negar o que o espírito me diz: Tu estás ali, Senhor, vivo e presente, todo entregue, todo amor!
Deixo-me seduzir por Ti, abrem-se os meus olhos á «fracção do Pão», e o espírito vai-se fazendo, (por Tua graça), um com o corpo, e assim já é toda a minha humanidade que Te vê, que Te acredita, que Te adora.
Digo baixinho, para dentro de mim, «eu não sou digno», mas Tu respondes-me firme no amor, «és digno sim, porque sou Eu quem te dá a dignidade»!
Como posso eu, Senhor, não aceitar essa dignidade que Tu me dás para Te poder receber e seres o meu alimento de vida?
Retorno á minha frase inicial, Senhor, para perceber que para Te receber é muito mais preciso o coração aberto do que a boca escancarada!
E Tu vais guiando e dizendo ao meu pobre coração admirado: «Abre-te coração, mas para Te abrires a Mim, tens de te abrir a todos».
Que Mistério, que loucura, Aquele que é Deus, faz-se «pedaço de Pão», entrega-se como alimento e vai dizendo a cada um: «Não Me podes receber, se não receberes os outros!»
Assim tão simples, tão humilde, a colocares-Te tão igual a cada um, a fazeres-Te tão presença em cada um, porque «queres ser Um em todos, para que todos sejam um em Ti».
Queres assim, Senhor, que cada um seja sacramento para os outros, porque o Sacramento é a Tua presença viva no meio de nós.
Fico-me assim, Senhor, exaltado em adoração, perante o Teu Mistério e peço-Te humildemente: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Lc 24, 29
Marinha Grande, 3 de Junho de 2010
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14 comentários:
Joaquim...
Que linda oração vc postou!
Mais parece um poema.
Abraços em Cristo de uma amiga do Brasil.
Franca/SP.
Amigo Joaquim!
Hoje, numa semana em que estou talvez prestes a avançar um pouquinho mais na minha caminhada até Ele,percorri as ruas de Lisboa seguindo-O porque só uma vez por ano o posso fazer assim.E que paz trouxe comigo!E olhando para o lado,que exemplos de fé eu vi:nos paralíticos, nos que precisam de muletas para se deslocar,nos que traziam o peso do mundo sobre os ombros e em tantos outros que eu no meu egoísmo, nem vi.
Senhor!Perdoa-me,porque ainda não consigo ver o Teu rosto em todos.
Tu conheces todos pelo nome e só esperas que cada um de nós Te abra o coração, para fazeres aliança connosco!
Amigo Joaquim, os seus posts são hinos de louvor ao Senhor.
Só posso dizer Ámen.
Abraço fraterno
Maria
Minha amiga Brasileira, obrigado!
Sê bem vinda!
Que Deus te abençoe.
Um abraço amigo em Cristo
Obrigado amiga Concha, pelo testemunho sentido e vivido que aqui deixas.
Vamos caminhando e descobrindo este Deus de amor que se vai revelando em tudo, sobretudo nos outros.
Um abraço amigo em Cristo
Obrigado amiga Maria, mas são fruto d'Ele em mim, ou pelo menos tento que assim sejam.
Um abraço amigo em Cristo
Depois da emoção de te ler ontem, venho hoje, ainda pelo fresco, com o coração renovado, deixar-te um obrigado.
Abençoado seja o coração que assim fala!
Abraço grande, em Cristo, presente nEsse Pão, nosso Alimento para a vida eterna.
Como é bom saborear a presença bem viva de Cristo na Eucaristia! Louvado seja Jesus!
Não consigo dizer muito mais depois de uma oração destas ... :)
beijos muito amigos em Cristo e Maria
Amiga Fa, obrigado!
Esta foi realmente uma oração muito sentida, muito vivida.
Um daqueles momentos em que Ele se encontra connosco e nos faz encontrados com Ele.
Um abraço amigo em Cristo
É verdade Maria João, há momentos em que o Salmo se torna muito presente, muito real
«Saboreai e vede como o Senhor é bom.»
Um abraço amigo em Cristo
Amigo Joaquim, que bela oração!
Penso sempre que não sou digno de me abeirar d'Ele, mas como diz bem, é o Senhor que nos dá a necessária dignidade.
O santo Cura D'ars dizia que " A comunhão produz na alma uma espécie de lufada de ar num fogo que começa a se apagar, mas em que ainda ardem muitas brasas!"
E ainda: " Não digam que não são dignos disso. É verdade: vocês não são dignos, mas precisam disso."
De facto, sentimo-nos bem, sentimo-nos acompanhados...
Joaquim
Admiro a tua fé e dou graças a Deus por tanta confiança tanta esperança.
È verdade que quando se abre a boca para se receber Cristo será que lhe abrimos o coração primeiro?
Questão que vou ter sempre presente
E amar todos como Ele ama...?
Ai meu Deus tanto caminho para andar.
Abraço em Cristo e muito grata a Ele pela pessoa que és
Utilia
Amigo Delfim, obrigado!
O Santo Cura d'Ars, na sua simplicidade é de uma profundidade fantástica e diz tudo o que é preciso com uito poucas palavras.
Um abraço amigo em Cristo
Amiga Utilia, obrigado!
Graças a Deus que a fé não é minha, mas Ele que ma dá, por isso a tenho e a vivo!
Dizes bem, «tanto caminho para andar»!
Mas Ele vai connosco, por isso caminhemos.
Um abraço amigo em Cristo
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