terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

TEMPO DA IGREJA, TEMPO DO ESPÍRITO SANTO

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Ouço e leio tanta gente que quer à viva força interpretar as palavras, o pensamento do Papa Francisco, muito especialmente sobre a Família, em todas as suas situações.

E no meio de todos os que, avidamente, ouvem as suas palavras e vêem os seus gestos, há aqueles que querem, “excitadamente”, que o Papa Francisco diga exactamente aquilo que eles desejam, seja porque razão for, mas a maior parte das vezes para resolver os seus próprios problemas ou para encontrar apoio para as suas opiniões, faladas e/ou escritas, tantas vezes em desacordo com a Doutrina da Igreja.
E já dão como certo que será assim ou assado, conforme aquilo em que querem acreditar, julgando talvez que com tal posição podem pressionar, interferir, em alguma decisão que possa vir a ser tomada nesse campo da Doutrina sobre a Família.

E, como sempre, perfilam-se alguns considerando-se “vencedores”, não se percebe bem de quê, perante outros, que esses mesmos considerarão “vencidos”, num jogo de em que sobressaem palavras como “conservadores” e “progressistas”.

E eu, confesso humildemente, que não entendo isto!

Alguma vez até agora o Papa Francisco disse algo que não fosse completamente de acordo com a Doutrina da Igreja?
Não penso nas interpretações que alguns fazem, naquilo que cada um julga ouvir ou quer entender, mas tão só nas reais palavras do Papa.

Muitas coisas a Igreja nos ensina e uma delas, sem dúvida, é a paciência que é necessário ter para tomar decisões que impliquem mudanças, no conteúdo e/ou na forma.
Sinceramente, alguém espera que o Papa Francisco ou qualquer outro Papa, anuncie qualquer mudança, sem um estudo ponderado, sem ouvir o Magistério da Igreja, sem uma profunda reflexão orada e meditada?

Por mim, serenamente, ouço, vejo, guardo no coração, e espero, confiando que se houver decisões a tomar, se houver mudanças, sejam elas quais forem, estará sempre “por detrás” o Espírito Santo que ilumina e conduz a Igreja.
E é precisamente essa certeza que me acalma, que me tranquiliza, que me edifica e me faz desde já dar graças ao Senhor por tudo o que vier a ser feito, mudando ou mantendo, pois tudo será para a glória de Deus e assim sendo, só poderá ser bom para o homem.

Com o mesmo amor e a mesma alegria, aceitarei de coração aberto tudo o que a Igreja, pela voz do Papa Francisco, me disser, no tempo próprio da Igreja, que é o tempo do Espírito Santo.



Marinha Grande, 25 de Fevereiro de 2014
Joaquim Mexia Alves
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4 comentários:

Concha disse...

Boa noite amigo Joaquim
Acabei há pouco de vir de uma Penitencial e deparo-me com este texto!É na confiança deste Espírito Santo que conduz a Igreja, que podemos descansar que tudo o que vier a ser feito ou implementado será sempre o melhor, mesmo se possa não parecer.Este é sem dúvida um Papa iluminado pelo Espírito do Senhor e que me impressiona no seu agir e sempre que pede que rezemos por ele.Na sua humildade reconhece-se frágil, perante tanto que há para dar resposta.Que o Senhor faça sempre derramar sobre ele o Seu Santo Espírito.
Um abraço na Paz

Paulo disse...

Confesso que adorei esta tua reflexão. Tantas "barbaridades" que vou lendo aqui e ali, sobre o "significado" do que o Santo Padre diz. Realmente, com calma e qual Maria, também guardo no coração tudo aquilo que ele faz e diz, esquecendo as mil e uma teses que vão sendo ditas e escritas.

joaquim disse...

Obrigado Concha pelas tuas palavras.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Paulo.

Confiemos no Espírito Santo que o conduz.

Um abraço amigo em Cristo