segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA (2)

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“O Retorno do filho pródigo”  de Rembrandt






2 – O Sacramento da Penitência

O texto/imagem bíblica que talvez melhor expresse em todas as suas vertentes este sacramento, e a sua importantíssima necessidade para cada cristão, é sem dúvida a Parábola do Filho Pródigo, que podemos ler no Evangelho de São Lucas 15,11-32

Aquele filho tinha tudo, nada lhe faltava, mas mesmo assim decidiu romper a sua relação com o pai e afastar-se dele.
Mesmo assim, o pai com nada lhe faltou, e viu-o partir.
O rompimento dessa relação de amor com o pai, levou-o a uma vida desregrada, a uma vida dissoluta, no fundo a uma vida de pecado.
Essa vida dissoluta, conduziu-o inevitavelmente aos vícios, que retiram a liberdade ao homem, e como tal são causa de intranquilidade, de provações, de desespero.
É isso que o pecado faz no homem, quando o homem nele se deixa cair e viver, aprisionando-o, retirando-lhe a alegria de viver, provocando-lhe ao longo do tempo, mais dor do que prazer.
Mas o filho reflecte, faz um “exame de consciência” e percebe que a vida que leva está errada, não tem sentido, e que só a relação com o pai lhe dá paz, lhe dá mais vida.
Arrependido parte à procura do pai para lhe pedir perdão pelos seus actos.
Mas o pai não fica extático á espera do pedido de perdão do filho. O pai vai também ao encontro do seu filho.
Podemos ver aqui, sem grande esforço a figura do sacerdote, que vai ao encontro daquele que se aproxima do Sacramento da Penitência.
O filho arrependido, já nada exige, a não ser fazer a vontade de seu pai, o que constitui sem dúvida a imagem do propósito de emenda.
Mas o perdão do pai é de tal modo, que lhe abre os braços e volta-o a tratar como o filho querido que sempre foi.
E ao recebê-lo novamente como filho, a liberdade daquele filho é restabelecida, porque a relação de amor verdadeiro é sempre assente na liberdade de cada um.
O perdão de Deus é tão infinito, que pelo Sacramento da Penitência, a reconciliação, a relação com Deus, é de imediato restabelecida em toda a sua dimensão de eterno amor.
Era assim necessário que aquele filho procurasse o pai arrependido, mas era também necessário que o pai viesse ao encontro do filho, para o perdoar e acolher.

A Igreja, sobretudo no Concílio de Trento, apresenta como fundamento principal da instituição do Sacramento da Penitência o texto bíblico do Evangelho de São João 20,22-23
«Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»

O texto é tão claro, tão preciso, que parece, (e é sem dúvida), uma resposta àqueles que afirmam que o Sacramento da Penitência não é necessário, pois se “confessam” directamente a Deus.

Deus quis instituir este sacramento assim, servindo-se dos homens, porque Ele mesmo, na pessoa de Jesus Cristo, se quis encontrar com os homens, num contacto directo, através dos sinais e linguagens da condição humana, quis viver como nós e passar pelas mesmas condições que nós, excepto o pecado.

Como nos diz o Arcebispo Bruno Forte, numa Carta Pastoral à Igreja de Chieti-Vasto para o Advento de 2005, sobre O Sacramento da Penitência:
«Como Ele saiu de si mesmo por nosso amor e veio “tocar-nos” com a sua carne, assim nós somos chamados a sair de nós mesmos por seu amor e ir com humildade e fé ter com quem pode dar-nos o perdão em seu nome mediante a palavra e o gesto.
Somente a absolvição dos pecados, que o sacerdote nos dá no Sacramento, pode comunicar-nos a certeza interior de sermos verdadeiramente perdoados e acolhidos pelo Pai que está nos Céus, porque Cristo confiou ao ministério da Igreja o poder de ligar e desligar, de excluir e de admitir na comunidade da aliança. (cf Mt 18,17)»

Com efeito, como podemos nós aferir se determinado comportamento é pecado ou não, se verdadeiramente na nossa consciência temos dúvidas?
A nossa consciência é “moldável” perante tantas circunstâncias, que neste caso concreto da nossa relação com Deus, (ou do rompimento dessa relação da nossa parte), só com algo, ou alguém para além de nós, podemos aferir se aquilo que nos incomoda é realmente pecado, e sobretudo e também, podermos ouvir e perceber espiritualmente e fisicamente o perdão de Deus.
É curioso percebermos que, em tantas coisas da nossa vivência da Fé, pedimos sinais visíveis, palpáveis, e no entanto, em algo tão importante e imprescindível para a vivência dessa Fé, que é a nossa relação com Deus que dá sentido a essa Fé, queremos prescindir dos sinais visíveis e palpáveis que o próprio Deus nos concede.

Só na celebração do Sacramento da Penitência perante o sacerdote que nos ouve e connosco fala, o mesmo sacerdote nos pode ajudar a percebermos a dimensão total do nosso pecado, a necessidade do nosso arrependimento e nos conduzir, não só ao perdão de Deus, mas à consciência do perdão a nós mesmos e aos outros.
Muito mais ainda isto é verdade, se nos lembrarmos que a Igreja nos ensina que o sacerdote no Sacramento da Penitência é pessoa de Cristo, ou seja, nos estamos a confessar verdadeiramente a Jesus Cristo.

É importante percebermos que não é o sacerdote que nos concede o perdão dos nossos pecados, mas sim, pela autoridade de Cristo em que está investido, é o próprio Deus que nos perdoa.

Aliás, a confissão dos pecados, no Sacramento da Penitência, não dá origem a um “julgamento”, nem o sacerdote é um “juiz” que vai aferir do “tamanho” dos nossos pecados, mas apenas nos vai colocar perante a realidade das nossas faltas e ajudar-nos a compreender como é necessário, para além do perdão de Deus que nos leva à reconciliação com Ele, o perdão a nós próprios, porque tantas vezes ao falharmos, nos julgamos com demasiada severidade, o que por sua vez, nos conduz a uma vergonha interior que nos retira a paz.

Leva-nos também a perceber a necessidade de pedirmos perdão a quem ofendemos, e a perdoarmos a quem nos ofendeu, para que em nós seja uma realidade o que rezamos no Pai Nosso: «Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos».
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terça-feira, 20 de setembro de 2011

O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA (1)

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“O Retorno do filho pródigo”  de Rembrandt










1 – Uma visão da juventude


Este trabalho será sobretudo a minha visão e vivência diária, pessoal e em Igreja, do Sacramento da Penitência.

Quando era mais novo, e mesmo na adolescência, este sacramento era conhecido sobretudo, como Sacramento da Confissão.

Se, por um lado esse nome “assustava”, pois parecia focar mais o aspecto do pecado do que da misericórdia de Deus, por outro ainda, parecia dar-nos também uma perspectiva de que, “listando”, confessando os pecados a um sacerdote, tudo ficava resolvido.
Claro que sabíamos e era-nos ensinado que o arrependimento e o propósito de emenda eram necessários, mas parecia quase, que esses “factores” eram matéria adquirida ao confessarmos os nossos pecados.
Corria-se ainda o “risco” de se constituir uma “lista de pecados”, que depois consultada, bastaria colocar um “x” naqueles que considerássemos, com prejuízo nítido para um verdadeiro exame de consciência.
(Talvez que ainda hoje, e em certos meios populares e não só, esta não seja uma visão tão ultrapassada.)

Lembro-me bem que o “ter” que se confessar, era algo que não desejávamos, porque a carga negativa de termos pecado, (termos feito coisas erradas), era bem mais forte, parecia-nos, que o fim alcançado, ou seja o perdão de Deus.
A reconciliação com Deus era um valor que não aflorava desse sacramento, e como tal, parecia-nos a nós jovens, (pelo menos a mim), que a Confissão tinha muito mais a ver com algo a que a Igreja nos ia “obrigando”, do que propriamente uma necessidade de nos reconciliarmos com Deus.

Resumindo esta parte introdutória, diria que a Confissão era para nós, jovens, muito mais um peso, uma “dor”, do que um alivio, uma “cura”.
Se o refiro aqui e agora, é pela sensação que tenho, (talvez por culpa nossa catequistas), de que os jovens de hoje, ainda, de algum modo, vêem assim este extraordinário sacramento, o que tem de forçosamente ser modificado, pois não corresponde minimamente à realidade dos efeitos extraordinários na vida de cada um, que uma boa confissão nos concede pela graça de Deus.

Havia ainda o receio, para nós jovens, de que os nossos pais viessem a saber das nossas faltas e também, da imagem que o sacerdote, (normalmente o pároco que nos conhecia), iria fazer de cada um, o que, curiosamente, passados todos estes anos, ainda encontro nalguns catequizandos adolescentes, o que significa que há ainda muito caminho para percorrer no ensino deste sacramento, mormente na enfatização do segredo inviolável da Confissão, e para além deste, no facto de que nenhum sacerdote pretende fazer juízos de valor sobre aqueles que a ele se confessam.

Costumo dizer aos meus catequizandos que Deus concede aos sacerdotes um “dom de esquecimento” dos pecados confessados, sobretudo na ligação e atribuição destes àqueles que se confessaram, de um modo geral, claro está.

Hoje a Igreja, (e os fiéis mais lentamente), chama a este sacramento, Sacramento da Penitência e por vezes também, Sacramento da Reconciliação.

Um e outro nome me parecem redutores da dimensão extraordinária deste sacramento, porque se a penitência poderá ter uma conotação de “expiação”, quase “castigo”, a reconciliação apenas refere uma parte, importante sem dúvida, deste sacramento, mas não o seu todo, toda a sua dimensão, que abarca libertação e cura, como veremos adiante.

De qualquer modo, Sacramento da Penitência, talvez seja o nome mais correcto, porque como nos diz o Catecismo, penitência indica conversão, mudança de vida, começar de novo, pois a chamada à penitência está intimamente ligada, ao «arrependei-vos, convertei-vos, acreditai no Evangelho», que é a pregação que percorre todos os Evangelhos e Escritos do Novo Testamento.


Nota:
Início hoje a publicação de excertos de um pequeno trabalho sobre o Sacramento da Penitência, que fiz para a disciplina de Sacramentologia, do Curso Geral de Teologia, que concluí no Seminário Diocesano de Leiria.
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terça-feira, 13 de setembro de 2011

A MISSA É UMA "SECA"? (2)

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Do Catecismo da Igreja Católica


1324. A Eucaristia é «fonte e cume de toda a vida cristã» (LG 11 Lumen Gentium). «Os restantes sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e obras de apostolado, estão vinculados com a sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Com efeito, na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa» (PO 5 Presbyterorum Ordinis).








Esta é a realidade da Eucaristia!
Esta é a realidade da Missa!

Como pode então ser uma “seca” estar com o próprio Deus?

Se por acaso alguém viesse ter connosco e nos garantisse um encontro com o próprio Jesus Cristo, visível aos nossos olhos, para com Ele falarmos, para com Ele rezarmos, para com Ele vivermos, para enfim d’ Ele nos alimentarmos espiritualmente, não correríamos nós ao Seu encontro?

E nesse momento e para esse momento, importar-nos-ia muito aquele que nos proporcionava tal encontro, ou Jesus Cristo e o encontro com Ele não seriam bem mais importantes que tudo o resto?


E a Eucaristia não é precisamente esse encontro pessoal e comunitário com a presença real e verdadeira de Jesus Cristo?

E essa presença real e verdadeira de Jesus Cristo depende do sacerdote que preside à celebração, ou é vontade e graça do próprio Deus aos homens, independentemente do presidente da celebração?

É que por vezes parece que “vamos” mais à Missa para ouvir ou “admirar” um determinado sacerdote, do que para estarmos com «o próprio Cristo, nossa Páscoa», como acima lemos.

Temos realmente que perceber, (a maior parte das vezes?), qual é a nossa predisposição quando vamos participar da/na Missa.

Vamos realmente para celebrar e ter um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, ou vamos apenas cumprir preceito, muitas vezes apenas pelo receio do pecado, pela falta à Missa Dominical?

É que, se vamos apenas cumprir preceito, tudo vai servir para nos distrair, tudo vai servir para criticarmos: porque são muitos cânticos, porque a homilia foi longa, porque leram muito devagar, porque isto ou porque aquilo, e afinal o nosso encontro com Jesus Cristo perdeu-se no meio do “mundo”, e a Missa foi realmente uma “seca”, porque foi assim que a vivemos.

Será por isso também, que muitos de nós durante a Missa, damos mais importância ao telemóvel, (que não desligamos), ao vizinho e à vizinha, do que à celebração, do que ao momento de encontro com o nosso próprio Deus, que por nós se entrega, que por nós se faz realmente presente, porque nos ama com amor eterno, amor esse a que, com essa nossa atitude, não correspondemos minimamente.

É “fantástico” então, como no final da Missa, nos lembramos do que os outros fizeram ou tinham vestido, de como o coro desafinou ou não, mas não nos lembramos das Leituras, ou minimamente do que o sacerdote disse durante a homilia!

Podemos então lembrar-nos das palavras que Jesus Cristo dirigiu aos seus discípulos no Monte das Oliveiras:
«Porque dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.» Lc 22, 46

Sim, é verdade, que muitas vezes se introduzem na celebração da Missa alguns “elementos” que não deveriam lá estar, (segundo os liturgistas), ou que alguns sacerdotes se alongam demasiadamente nas homilias, (e têm no entanto conselhos específicos sobre o tempo que cada homilia deve demorar), mas isso não deve, nem pode servir para nos afastar da centralidade para a vivência da fé cristã, que é o Sacramento da Eucaristia.

É certo também, que muitos desconhecem a essência, o conteúdo, o todo que constitui uma Missa, e por isso mesmo, não é possível viver bem aquilo que não se conhece, mas a verdade é que, desde o Catecismo da Igreja Católica a inúmeros documentos da Igreja e livros de espiritualidade escritos por homens da Igreja, só não procura saber mais, quem não quiser, ou a tal se dispuser.

Acresce o facto de que, hoje em dia, não só nas paróquias, mas também nas Dioceses, acontecem muitas acções de formação sobre os Sacramentos, as quais estão abertas à participação de todos.

Ao escrever este texto, reflicto também para mim, quanto tenho ainda de mudar em mim, para melhor participar e viver a extraordinária graça que é o Sacramento da Eucaristia.

Muito mais haveria e há para dizer e meditar sobre este tema, mas fico agora por aqui, reflectindo com aqueles que lêem este texto, como estamos ainda tão longe de alcançarmos a dimensão de toda a graça que o Senhor derrama em cada Eucaristia sobre as nossas vidas.


Monte Real, 13 de Setembro de 2011
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terça-feira, 6 de setembro de 2011

A MISSA É UMA “SECA”? (1)

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Ouvimos repetidamente dizer, sobre a Missa, a tantos católicos: que demorou muito, que não teve interesse, que o sacerdote não falou bem, que não se cantou, que se cantou, etc., etc.

Às vezes até chegamos a dizer que assim a Igreja vai perder mais fiéis, que assim não cativa os jovens, e toda uma série de ditos, que nada constroem, mas apenas destroem.

Penitencio-me também por, algumas vezes o pensar e pior ainda, algumas vezes o dizer, também.

É velha a ideia já transmitida, que a atenção dos católicos na Missa é tal, (refiro uma prática geral, onde existem felizmente muitas excepções), que se à saída da igreja lhes perguntassem sobre as leituras, a maior parte não saberia responder.

Ora isto revela que, muitos católicos ainda “vão à Missa”, ou seja, não participam na/da Missa, não celebram o Sacramento da Eucaristia, que é memorial da Paixão de Cristo.

Ou seja, muitos de nós, (eu incluído, algumas vezes), estamos na Missa por obrigação e não por amor ou devoção.

Ora tudo o que é feito por obrigação tende a tornar-se incómodo, cansativo e longo, por muito curto que seja.

Se a minha disposição quando vou participar em algum evento é de obrigação, e a minha vontade era estar noutro lugar a fazer qualquer outra coisa, a minha permanência nesse evento vai revestir-se de um incómodo permanente, contando todos os minutos e segundos, à espera que o mesmo acabe.

No entanto, se a minha vontade é de total interesse em participar desse evento, a minha atenção vai ser redobrada, tudo o que for feito e dito despertará a minha atenção, e quando chegar o fim, eu desejarei que ainda não tivesse acabado.

Infelizmente, e muitas vezes para tentarmos “conquistar” os jovens para a fé, (mesmo nas catequeses), vamos concordando com eles que a Missa é uma “seca”, que devia ser mais rápida e sobretudo mais animada, o que em “termos jovens” significa qualquer coisa como divertida!

Mas a Missa não é uma diversão, pois não?
É que divertir significa distrair, recrear, desviar a atenção de, etc., etc.

A Missa é uma celebração, ou seja, é realizar com solenidade, é efectuar, comemorar, exaltar, é, no caso específico da Eucaristia, celebrar o memorial da Paixão de Cristo, o que significa tornar presente a Paixão de Cristo, (não uma nova Paixão “actualizada”), mas a mesma e única Paixão de Cristo, que Ele sofreu na Sua entrega total por nós.

Como posso eu, como podemos nós, como podem infelizmente alguns sacerdotes, tratar tão displicentemente, em actos e palavras, a Missa, a celebração da Eucaristia?

Como se pode conceber uma catequese, um caminho de descobrimento e edificação da fé, (graça de Deus), não dando o valor único, imprescindível, infinito e eterno, à participação viva da/na celebração da Eucaristia?

É que se constata que alguns pais, (a pedido ou não dos filhos), procuram centros de catequese onde, por força da falta de sacerdotes, não há celebração da Missa Dominical, para a catequese, todas as semanas, deixando assim os catequizandos de participarem nessa celebração.

Será que uma fé viva e actuante, (porque procurada e vivida), não transmite forçosamente um amor à Eucaristia de tal ordem, que a participação/celebração da mesma, se torna mais importante do que tudo na vida de um católico?

E se assim for, (e deve ser), não será um desejo, uma vontade imensa, (tocada por Deus), a procura diária da Missa, para o encontro “perfeito” com o nosso Deus que se entrega por nós, e também, como alimento divino?



Monte Real, 6 de Setembro de 2011

(continua)
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